Papa celebra missa de Páscoa e clama por apoio entre nações

  • Por Jovem Pan
  • 12/04/2020 08h19 - Atualizado em 12/04/2020 08h23
EFE/EPA/ANDREAS SOLARO / POOL A celebração, transmitida pelo Vaticano por meio do site oficial, acontece sem a presença dos fiéis

O Papa Francisco celebra, neste domingo (12), na Basílica de São Pedro, no Vaticano, a missa de domingo de Páscoa. Com a tradicional bênção ‘Urbi et Orbi’, o pontífice pediu pela colaboração entre nações e um olhar aos irmão mais necessitados.

Após os ritos de celebração da missa pascoal, o pontífice deixou uma mensagem aos fiéis e a todos que enfrentam a atual pandemia do coronavírus, pedindo que haja maior união e solidariedade para atravessar à crise e as dificuldades que a doença impõem.

Nas palavras de Francisco, traduzidas simultaneamente por um intérprete do Vaticano, “não é o tempo para as indiferenças” e, por isso, ele deseja que “todos se reconheçam como parte de uma família e se apoiem”.

A mensagem também foi direcionada “às pessoas com responsabilidades políticas” encorajando-os a trabalhar para o bem comum, fornecendo meios para “permitir que todos levem uma vida digna até a retomada das atividades habituais”.

Papa Francisco afirmou ainda que, “nessa ressurreição de Jesus” ele pensa, sobretudo, nos idosos, nas pessoas que foram atingidas e estão sozinhas, nos que morreram pelo coronavírus e em todos que “choram pela partida dos seus entes queridos que, por muitas vezes, não puderam sequer dizer adeus”.

Aos profissionais da saúde, que estão sacrificando a própria saúde, aos policiais e militares, e a todos que estão trabalhando para garantir os serviços essenciais, o Papa dirigiu sua “saudação afetuosa” e gratidão por terem, nessas semanas, salvado a vida de milhões de pessoas.

Ainda durante a missa, o Papa Francisco reiterou a importância das grandes nações deixarem de lado, principalmente neste momento de pandemia, às guerras e confrontos civis, lembrando da disputa entre israelenses e palestinos e da situação na Venezuela.

“Essa epidemia não nos privou apenas do afeto, mas da possibilidade de recorrer pessoalmente ao consolamento da eucarística. Não é tempo para egoísmos. Que não sejam deixados sozinhos os irmãos mais frágeis de todas as partes do mundo. Não os deixemos faltar os bens de necessidade, bem como os medicamentos e a possibilidade de uma vida adequada.”

A celebração, transmitida pelo Vaticano por meio do site oficial, acontece sem a presença dos fiéis e com a manutenção do isolamento necessário entre os poucos presentes.

Para a missa do domingo de Páscoa deste ano, em decorrência da pandemia do coronavírus, o Papa Francisco optou por renunciar o rito de celebração que recorda o momento em que o “discípulo Pedro encontra o sepulcro vazio e se felicita ao ver a ressurreição de Jesus”.

A opção foi adotada para aquedar o dia da solenidade pascoal às dificuldades do momento e de tantos sofrimentos que acontecem por causa do coronavírus.

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