Papa denuncia falta de vontade social e política para erradicar a fome
O papa Francisco denunciou que a falta de alimento e de água para milhões de pessoas é resultado da falta de compaixão, e da pouca vontade social e política. O pontífice esteve presente e discursou aos participantes da 41ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).
Ao receber esta delegação, Francisco também parabenizou o chinês Qu Dongyu, que foi eleito no último domingo (23) diretor-geral da FAO, e desejou que a organização possa continuar trabalhando com responsabilidade e determinação, para “erradicar com maior rapidez e força os complexos, graves e inaceitáveis flagelos da fome e da insegurança alimentar”.
“Para combater a falta de alimento e de acesso à água potável é necessário atuar em torno das causas que as provocam. Na origem deste drama está sobretudo a falta de compaixão, o desinteresse de muitos e uma escassa vontade social e política na hora de responder às obrigações internacionais”, lamentou o pontífice.
Além disso, o papa ressaltou que esta carência “não é um assunto interno e exclusivo dos países mais pobres e frágeis, mas diz respeito a cada um de nós”.
Francisco lembrou que “o aumento do número de refugiados no mundo durante os últimos anos demonstra para todos que o problema de um país é o problema de toda a família humana”. Em relação a isso, o papa afirmou que um dos meios que está ao nosso alcance “é a redução do esbanjamento de alimentos e de água” e que para isso serve “a educação e a sensibilização social”.
Para a luta contra a fome, o papa recomendou que o trabalho das entidades multilaterais deve contar com “o compromisso dos governos, das empresas, do mundo acadêmico, das instituições da sociedade civil e das pessoas”.
“O esforço conjunto de todos conseguirá tornar realidade as metas e compromissos assumidos através de programas e políticas que ajudem a população local a adquirir responsabilidades com o seu próprio país, com suas comunidades e, por último, com suas próprias vidas”, afirmou Francisco.
*Com informações da Agência EFE
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