Papa Francisco chega à Indonésia, país com mais muçulmanos no mundo

Cerca de 4,3 mil soldados e 4,7 mil policiais, além de franco-atiradores, garantirão a segurança do papa, segundo as autoridades indonésias, durante os diversos eventos no país no início deste mês

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2024 09h13
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EFE/ Vatican Media JACARTA (INDONÉSIA), 09/03/2024.- O Papa Francisco saudou esta terça-feira, ao chegar à nunciatura de Jacarta após um voo de 13 horas, um grupo de refugiados acolhidos pelo Serviço Jesuíta de Refugiados, crianças órfãs criadas por freiras dominicanas e idosos e migrantes e moradores de rua acompanhados pela Comunidade de Santo Egídio. Os católicos representam apenas 3,1% dos 270 milhões de habitantes da Indonésia, mas ainda é a terceira maior população católica da Ásia

O papa Francisco desembarcou nesta terça-feira (3) em Jacarta, capital da Indonésia, país com mais muçulmanos no mundo, primeiro destino da sua viagem pela Ásia, que o levará também à Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura até 13 de setembro, sua viagem mais longa até o momento. O voo da companhia Ita Airways transportando o pontífice, a delegação do Vaticano e 75 jornalistas pousou no aeroporto internacional de Jacarta pouco antes das 11h30 (hora local), após um voo de 13 horas. O papa, de 87 anos, foi recebido no campo de aviação pelo ministro de Assuntos Religiosos, Yaqut Cholil Qoumas, e vai repousar o resto do dia para descansar do voo e habituar-se ao fuso horário.

“Esperamos que você testemunhe como cuidamos da diversidade na Indonésia”, disse o ministro indonésio, segundo um comunicado, no qual também destacou a importância do “diálogo” inter-religioso que o pontífice defende nesta viagem. Embora hoje seja um dia de descanso após o longo voo, o papa, que se encontra em uma cadeira de rodas devido a problemas de saúde, aproveitou a sua visita à nunciatura de Jacarta para saudar um grupo de refugiados, crianças órfãs e sem-abrigo abrigados por diferentes religiosos ordens.

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O presidente indonésio, Joko Widodo, deu as bem-vindas ao papa Francisco em uma visita que descreveu como “muito histórica”, após seus sucessores Paulo VI em 1970 e João Paulo II em 1989. “A Indonésia e o Vaticano têm o mesmo objetivo de promover a paz e a fraternidade, bem como garantir a prosperidade”, disse Widodo em um discurso televisionado. Cerca de 4,3 mil soldados e 4,7 mil policiais, além de franco-atiradores, garantirão a segurança do papa, segundo as autoridades indonésias, durante os diversos eventos no país entre os dias 3 e 6 deste mês.

O mais alto representante católico também estará acompanhado por membros da guarda suíça do Vaticano. O pontífice deverá destacar o diálogo com o Islã e as religiões do país, bem como a luta contra as alterações climáticas. Amanhã, Francisco se reunirá com o presidente Joko Widodo, com religiosos na Catedral de Nossa Senhora da Assunção, em Jacarta, e com jovens da Fundação Scholas Occurrentes. No dia seguinte, participará de um evento inter-religioso na mesquita Istiqlal, em Jacarta, e oferecerá uma missa no estádio Gelora Bung Karno, na qual se espera a participação de 80 mil pessoas, entre outros eventos.

Os católicos representam apenas 3,1% dos 270 milhões de habitantes da Indonésia, mas ainda é a terceira maior população católica da Ásia, depois de Filipinas e China, enquanto os muçulmanos representam 89,4%. A Indonésia, que geralmente pratica uma forma moderada de Islã, assistiu a um aumento na influência de grupos radicais nas últimas duas décadas, embora estes tenham sido menos ativos nos últimos anos.

*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte

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