Para conter Rússia, EUA pedirão que OTAN aumente sua presença no Mar Negro

  • Por Jovem Pan
  • 03/04/2019 16h39
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EFE EMERGENCIES MINISTRY HANDOUT HAN/EFE Tensão começou quando a Rússia inaugurou a ponte da Crimeia, que une a península ao território russo

Os Estados Unidos pedirão aos ministros de Relações Exteriores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) que, durante a reunião desta semana, aprovem um pacote de medidas destinadas a aumentar a presença da Aliança no Mar Negro.

O objetivo, segundo explicou a embaixadora americana na OTAN, Kay Bailey Hutchison, é conter a influência no Mar Negro da Rússia, que capturou, em novembro do ano passado, três navios e 24 marinheiros ucranianos para impedir sua passagem pelo estreito de Kerch quando se dirigiam para o mar de Azov.

O “pacote”, segundo ela, prevê vigilância, supervisão de aviões e também que alguns dos navios da OTAN sejam enviados ao Mar Negro para assegurar que é uma passagem segura para as embarcações ucranianas através do estreito de Kerch.

Além disso, a embaixadora assegurou que reforçar a segurança no Mar Negro é importante para proteger os três membros da OTAN (Bulgária, Romênia e Turquia) que são banhados por essas águas.

“É muito importante para a Bulgária e para os outros países que rodeiam o Mar Negro, é importante que prestemos mais atenção para assegurar-nos que essas águas estão claras e também que esses países ao redor do Mar Negro e no interior estão livres da ingerência russa”, ressaltou.

A embaixadora apresentará esse pacote de medidas na quinta-feira durante a primeira sessão plenária da reunião de ministros de Exteriores da OTAN, que coincide com o 70º aniversário da organização.

A tensão no mar de Azov disparou desde que Moscou inaugurou em maio de 2018 a ponte da Crimeia, que une esta península anexada pela Rússia com o território russo, após o que foram redobradas as inspeções dos navios ucranianos, o que Kiev considera um bloqueio, de fato, dos seus portos na região.

Dessa forma, o Executivo ucraniano acusa Putin de restringir o trânsito para transformar o Azov, mar interior partilhado por russos e ucranianos, em uma área sob controle russo, enquanto Moscou assegura que simplesmente quer garantir a segurança da ponte da Crimeia.

Tanto a União Europeia (UE) como os Estados Unidos, que não reconhecem a anexação da Crimeia à Rússia e, portanto, consideram ilegal a ponte sobre o estreito de Kerch, pediram à Rússia que libere os navios e tripulantes que capturou em novembro.

*Com EFE

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