Para tentar conter pandemia, atividades produtivas são suspensas na Itália
O governo da Itália decidiu neste sábado (21) interromper temporariamente todas as atividades produtivas no país, exceto aquelas que são essenciais para que os cidadãos tentem conter a propagação do novo coronavírus.
O primeiro-ministro Giuseppe Conte fez o anúncio em entrevista coletiva. Ele classificou a ação como “difícil, mas necessária” para “enfrentar a fase mais aguda” da pandemia.
A Itália é o país com o maior número de mortes pela Covid-19. Segundo um boletim divulgado neste domingo (22) pelo governo, 4,8 mil pessoas morreram em decorrência da doença transmitida pelo novo coronavírus.
“(Serão fechadas) em todo o território nacional todas as atividades de produção não essenciais”, disse Conte. Segundo a medida, supermercados e outras lojas de venda de alimentos, farmácias, serviços bancários e postais, seguradoras e transporte público continuarão a funcionar.
A decisão foi anunciada depois que a Defesa Civil informou que a Itália já contabiliza 4.825 mortes por coronavírus, sendo 793 entre sexta e sábado. O número total de pessoas infectadas, incluindo as que já se curaram e as que morreram, chegou a 53.578.
Conte destacou que todas as empresas devem incentivar o teletrabalho e que somente os funcionários que realizam atividades “relevantes para a produção nacional” nas fábricas de todo o país continuarão a trabalhar. “Diminuímos o ritmo do motor da Itália, mas não o paramos”, disse o político.
O primeiro-ministro também falou sobre a polêmica gerada no país depois que algumas regiões, como a do Vêneto, decidiram fechar supermercados aos domingos e feriados para evitar grandes concentrações de pessoas.
Alguns no país são contra essa proposta, como o ex-primeiro ministro e líder do partido Itália Viva, Matteo Renzi, que alegou que se trata de “um erro, pois criaria longas filas e aumentaria o risco de contágio”.
Por sua vez, Conte tentou incentivar os italianos a respeitarem “as regras com paciência, responsabilidade e confiança” para que o número de casos da doença diminua e reconheceu que “ficar em casa não é fácil” — mas que é a única solução para proteger a vida de todas as pessoas.
“Nosso sacrifício de ficar em casa é mínimo em comparação com o de outros cidadãos, trabalhadores de hospitais, policiais, empregados de supermercados e funcionários de serviços públicos. Homens e mulheres que não só vão trabalhar, mas que fazem um ato de grande responsabilidade para com a nação todos os dias”, concluiu.
*Com informações da EFE
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