Parlamento britânico rejeita acordo do Brexit apresentado por Theresa May
O parlamento do Reino Unido rejeitou nesta terça-feira (15) o acordo para saída da União Europeia proposto pela primeira-ministra Theresa May. Ao todo, foram 432 votos contrários e 202 a favor ao projeto do Brexit. Agora, o governo britânico terá três dias para apresentar uma segunda opção para que os parlamentares analisem.
Negociado arduamente pela premiê, o acordo enfrentou a resistência de parlamento hostil. Agora, a incógnita reside no que vai ocorrer após a derrota. “Esse resultado não diz nada sobre o que quem é contra o acordo defende, nem como honrar o resultado do referendo nem se será honrado. O povo merece clareza sobre isso o quanto antes”, disse May.
A votação começou com a análise de quatro emendas, propostas por deputados, ao documento de 585 páginas fruto de 17 meses de negociações com a União Europeia. Uma delas foi rejeitada e as outras três retiradas de votação. Um dia antes (14), Theresa May pediu “espírito aberto” ao parlamentares e admitiu que o acordo não era “perfeito”.
Em uma tentativa de salvar a votação ou pelo menos limitar a derrota, na esperança de conservar uma margem de manobra posterior, a primeira-ministra apresentou na segunda uma carta na qual o parlamento europeu garante que a União Europeia (UE) quer evitar a aplicação de seu ponto mais conflituoso, sobre fronteiras irlandesas.
Moção
Após o anúncio do resultado o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, anunciou que vai apresentar moção de desconfiança contra a premiê, alegando que ela não conseguiu produzir um acordo que fosse aprovado pela maioria. A medida será discutida na quarta (16). May já foi alvo e venceu moção movida por seu próprio partido, o Conservador.
Conselho Europeu
O Conselho Europeu já se manifestou sobre a votação e pediu que o Reino Unido explique o mais rápido possível o que pretende fazer em relação ao Brexit. No Twitter, o presidente do conselho. Donald Tusk, questionou: “Se um acordo é impossível, e ninguém quer acordo, então quem finalmente terá a coragem de dizer qual é a única solução positiva?”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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