Pesquisa indica que variante brasileira do coronavírus é mais transmissível e capaz de derrubar imunidade prévia

A equipe da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, concluiu que, por esses motivos, a cidade de Manaus não foi capaz de criar uma imunidade de rebanho após a primeira onda de contaminações

  • Por Jovem Pan
  • 29/04/2021 11h14 - Atualizado em 29/04/2021 15h45
Sandro Pereira/Estadão Conteúdo Profissionais carregam caixão de uma vítima de Covid-19 Profissionais carregam caixão de uma vítima de Covid-19 em Manaus, onde foi detectada uma nova variante do coronavírus

A variante P1 do coronavírus, detectada pela primeira vez em Manaus, pode ser de 1,7 a 2,4 vezes mais transmissível do que a versão original. Além disso, ela é capaz de escapar entre 10% e 46% da imunidade obtida pela infecção do vírus comum. As conclusões são de pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, que tiveram as suas descobertas validadas e publicadas pela prestigiada revista científica Science. A equipe decidiu estudar a evolução da pandemia de Covid-19 em Manaus porque a capital amazonense contrariou expectativas e não alcançou a imunidade de rebanho mesmo após ter sido tão afetada pela primeira onda de contágios. Isso teria acontecido, segundo eles, porque a variante P1 é capaz de superar as proteções já criadas pelo organismo contra o coronavírus original. Por esse motivo houve uma segunda onda de infecções na cidade entre novembro e dezembro. Embora os pesquisadores tenham deixado claro que se deve ter cautela ao tentar generalizar esses resultados, eles destacaram que, de fato, é necessário maior vigilância das diferentes variantes do coronavírus para que a pandemia seja controlada.

*Com informações da EFE

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