Petróleo cai enquanto furacão Beryl ameaça refinarias e deixa casas sem energia no Texas
Se as instalações petrolíferas no Texas sofrerem danos, a demanda por petróleo bruto a ser refinado poderá diminuir, o que resultaria em uma queda nos preços
Os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira (8), enquanto o furacão Beryl passava pelo estado do Texas, no sul dos Estados Unidos, ameaçando instalações de refinaria e reduzindo potencialmente a demanda imediata do óleo. Em Londres, o barril de Brent do mar do Norte para entrega em setembro perdeu 0,91%, fechando em 85,17 dólares. Por sua vez, em Nova York, o barril de West Texas Intermediate (WTI) para agosto caiu 0,99%, aos 82,33 dólares. “Quando há um furacão, se torna um quebra-molas para os preços do petróleo e um acelerador para os produtos refinados, conforme a tempestade se aproxima das refinarias”, explicou Matt Smith, da consultoria Kpler. Se as instalações petrolíferas no Texas sofrerem danos, a demanda por petróleo bruto a ser refinado poderá diminuir, o que resultaria em uma queda nos preços. “Estamos observando preços mais altos para produtos básicos como gasolina”, disse o analista.
Tempestade tropical derruba energia
Após atravessar o mar do Caribe, o furacão Beryl atingiu o solo no Texas nesta segunda-feira, causando fortes chuvas e a morte de pelo menos duas pessoas na região. No Texas, mais de 2 milhões de residências ficaram sem eletricidade, segundo o site poweroutage.us, e os residentes foram evacuados. Portos ao longo da costa do estado, como o de Corpus Christi, estavam fechados. “Isso está afetando as importações e exportações” de produtos petrolíferos, apontou Smith. Várias áreas costeiras do Texas foram evacuadas devido a alertas de inundação e cortes de eletricidade à medida que a tempestade se aproximava, e no domingo à noite ela voltou a se tornar um furacão. Beryl, o primeiro furacão da temporada no Atlântico, que vai do início de junho até o final de novembro, é excepcionalmente poderoso.
Publicado por Carolina Ferreira
*Com informações da AFP
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