Polícia investiga vínculo de manifesto contra imigração com tiroteio no Texas

  • Por Jovem Pan
  • 04/08/2019 10h43 - Atualizado em 04/08/2019 10h44
EFE Texas Cielo Mall tiroteio O manifesto divulgado na internet poucas horas antes do ataque critica "a invasão hispânica do Texas"

As autoridades dos Estados Unidos estão investigando o possível vínculo do suspeito do massacre de El Paso com um manifesto divulgado na internet que critica “a invasão hispânica do Texas”, informou neste domingo (4) o jornal local El Paso Times. “Atualmente temos um manifesto deste indivíduo que indica um possível crime de ódio”, afirmou nesta madrugada o chefe de polícia da cidade, Greg Allen.

O documento, publicado pouco antes do massacre, que deixou 20 mortos e 26 feridos, fala de “uma invasão hispânica do Texas” e adverte para a substituição “de pessoas de raça branca por estrangeiros”, segundo a imprensa local.

A legisladora democrata Veronica Escobar, que representa o distrito de El Paso no Congresso, afirmou que, enquanto se tenta estabelecer a conexão com o suspeito, já está provado que o manifesto contém sentimentos contra a imigração. “A narrativa do manifesto está alimentada pelo ódio. E está alimentada pelo racismo, a intolerância e a divisão”, acrescentou.

Os investigadores ainda estão interrogando o suspeito, identificado pela imprensa local como Patrick Crusius, um jovem branco de 21 anos, que teria dirigido mais de 10 horas desde sua cidade de residência, Allen, no extremo oposto do Texas. Por enquanto, as autoridades oficiais não confirmaram mais que a detenção de “um homem branco de 21 anos”.

Para esta manhã está marcada uma entrevista coletiva com os representantes das agências de segurança estaduais e federais para oferecer mais detalhes do curso da investigação.

El Paso é uma cidade americana fronteiriça com o México com cerca de 700.000 habitantes e, segundo dados do censo, mais de 80% da população é de origem latina. O shopping onde aconteceu o tiroteio está localizado muito perto da fronteira com o México e é muito popular entre os cidadãos mexicanos como local de compra durante os finais de semana.

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, confirmou que três cidadãos mexicanos estão entre os mortos e que há pelo menos outros seis entre os feridos.

*Com informações da EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.