Políticos europeus se apoiam na religião para garantir eleições
Uma nova e polêmica lei entrou em vigor na Baviera tem causado muita discussão. A região, que é uma das mais ricas da Alemanha, também concentra uma das maiores densidades de católicos da Europa, cerca de 50% da população.
E nessa esteira, o premier regional, Markus Söder, implementou uma nova regra que obriga a instalação de crucifixos em todos os prédios públicos do estado.
A medida está sendo adotada para reforçar a identidade bávara depois da chegada de um grande fluxo de muçulmanos nos últimos anos. Munique foi uma das portas de entrada da Alemanha durante a crise dos refugiados.
A nova lei, apesar de soar bastante pitoresca para os padrões europeus, tem apoio da maioria da população, mas não de importantes lideranças religiosas.
Segundo o jornal The Guardian, o bispo de Würzburg, Franz Jung, afirmou que o crucifixo é um símbolo religioso genuíno e não deve ser reduzido a um objeto folclórico associado a costumes regionais.
O fato é que a Baviera terá eleições regionais no final do ano e o partido do governador local tem perdido apoio para o extrema-direira Alternativa para a Alemanha.
Talvez isso ajude a explicar porque até na Europa os políticos têm apelado para a religião nos últimos tempos.
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