Polônia pede comitê de investigação internacional sobre ‘genocídio’ na Ucrânia

Proposta é de que o grupo analise as atrocidades cometida pelos russos nas cidades ucranianas, incluindo Bucha; primeiro-ministro polonês também pediu novas sanções econômicas

  • Por Jovem Pan
  • 04/04/2022 07h32 - Atualizado em 04/04/2022 12h04
Ludovic MARIN / AFP Mateusz Morawiecki - Polônia O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, na sede da União Europeia, em Bruxelas, em 25 de março de 2022.

O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, pediu nesta segunda-feira, 4, a criação de uma comissão de investigação internacional sobre o “genocídio” cometido, em suas palavras, pelo exército da Rússia em cidades da Ucrânia, incluindo Bucha, onde os russos são acusados de terem cometido um massacre. “Estes massacres sangrentos cometidos pelos soldados russos merecem ser chamados por seu nome. É um genocídio e deve ser julgado. É por isto que propomos a criação de uma comissão internacional para investigar o crime de genocídio”, declarou Morawiecki.

Segundo ele, essa comissão seria “indispensável” para “conhecer a verdade sobre a dimensão dos crimes fascistas russos”. Morawiecki também fez coro com outras autoridades europeias e ocidentais e pediu novas sanções econômicas contra a Rússia, chegando a comparar o presidente russo, Vladimir Putin, a ditadores sanguinários do passado. “São necessárias sanções claras e firmes. Estas sanções [aplicadas até o momento] não funcionam”, disse em um discurso especialmente voltado para o presidente francês Emmanuel Macron.

“Senhor presidente Macron, quantas vezes você negociou com Putin? O que você obteve: Não se debate, não se negocia com criminosos, os criminosos têm que ser combatidos”, afirmou Morawiecki. “Ninguém negociou com Hitler. Você negociaria com Hitler, Stalin, com Pol Pot?”, questionou. As imagens de dezenas de cadáveres em valas comuns ou nas ruas de várias localidades próximas a Kiev, que foram retomadas pelas forças ucranianas, provocaram indignação da comunidade internacional.

*Com informações da AFP

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