Prefeitura de Mariupol denuncia morte de 2.187 civis por forças russas

Cidade portuária tomada pelos russos não tem mais eletricidade, água e aquecimento e está ficando sem alimentos; carregamento humanitário deve chegar ainda neste domingo

  • Por Jovem Pan
  • 13/03/2022 18h15 - Atualizado em 13/03/2022 18h34
Maxar Tecnologia/EFE/EPA imagem de satélite multiespectral disponibilizada pela Maxar Technologies mostra incêndios na área industrial, distrito de Primorskyi de Mariupol Imagem de satélite mostra incêndios na área industrial de Mariupol

A Prefeitura de Mariupol informou neste domingo, 13, que, desde o início da ofensiva russa, 2.187 moradores morreram nesta cidade sitiada da Ucrânia e que as forças russas lançaram mais de cem bombardeios aéreos. “Todos os dias, Mariupol sofre bombardeios. Uma catástrofe humanitária está ocorrendo. Até hoje, 2.187 moradores morreram devido a ataques dos russos. Cerca de 100 bombas aéreas foram lançadas sobre a cidade”, escreveu a prefeitura no Twitter.

A estratégica cidade portuária ucraniana está localizada às margens do mar interior de Azov e entre a península anexada da Crimeia e o leste separatista de Donbas. Portanto, sua captura é um objetivo prioritário para a Rússia. As autoridades locais insistem em pedir à Otan que declare uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, algo que já foi rejeitado pela aliança militar. “Precisamente vem do céu a maior ameaça para os 400 mil moradores de Mariupol, que agora estão bloqueados na cidade… Não há eletricidade, água, aquecimento na cidade, quase nenhuma comunicação móvel, os últimos suprimentos de comida e água estão acabando.”

Em mensagem de vídeo, o presidente ucraniano Vladimir Zelensky disse que resolver a situação de Mariupol é prioridade. Segundo ele, o primeiro carregamento com suprimentos chegará ainda neste domingo, 13. “Nosso comboio está a duas horas de Mariupol. Faltam apenas 80 quilômetros”, disse. “Está sendo feito todo o possível para superar a resistência dos ocupantes.” A Cruz Vermelha também destacou que a cidade portuária vive “o pior cenário” na Ucrânia: “Pedimos a todas as partes envolvidas na luta que coloquem os imperativos humanitários em primeiro lugar”.

*Com informações da EFE

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