Presidente da Assembleia Nacional da Venezuela é preso, segundo oposição

  • Por Jovem Pan
  • 13/01/2019 14h41 - Atualizado em 13/01/2019 19h35
Reprodução/Twitter A informação foi divulgada pela mulher do oposicionista e por outros parlamentares da oposição

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, foi preso por agentes do serviço de inteligência do país. A informação foi divulgada pela mulher do oposicionista e por outros parlamentares da oposição, segundo a Reuters e France Press. Ele acabou liberado pouco depois.

Guaidó dirigia-se a um colegiado aberto convocado pela Câmara no estado de Vargas, próximo a Caracas, quando foi interceptado por agentes do Sebin (Serviço Bolivariano de Inteligência).

“Alertamos ao mundo e ao país que hoje, 13 de janeiro, um comando do Sebin interceptou o presidente da AN e desconhecemos seu paradeiro”, diz uma mensagem publicada na conta de Guaidó no Twitter.

Minutos mais tarde deputados e dirigentes do Vontade Popular (VP), partido de Guaidó, informaram à Efe que o legislador foi liberado e que enviou uma mensagem às pessoas que o aguardam em Vargas para que não deixem o local.

Nesta sexta-feira (11), o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, deputado Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país. A decisão teve o apoio do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, e o parlamentar líder da oposição estava buscando legitimidade junto à população.

Em pronunciamento feito na capital Caracas e transmitido pela internet, ele criticou Nicolás Maduro, que assumiu mandato considerado ilegítimo dentro e fora do território venezuelano. “Ninguém tem dúvidas de que Maduro é um usurpador. Por isso, assumo minha responsabilidade com o povo da Venezuela”, escreveu Guaidó no Twitter.

A posse de Maduro ocorreu no último dia 10, quando ele prestou juramento para o início de seu segundo mandato. A solenidade foi realizada no Tribunal Supremo de Justiça, porque a Assembleia Nacional, que é dominada pela oposição, não reconhece a legitimidade do novo mandato de Maduro, que fica no comando do país até 2025.

Reprovação

A prisão de Juan Guaidó foi condenada pelo Grupo de Lima, que é formado pelo Brasil e outros 13 países. Em nota conjunta, 13 dos 14 integrantes do Grupo de Lima rechaçaram a detenção do presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela. Apenas o México não assinou a declaração.

“Condenam [os países do Grupo de Lima] a detenção arbitrária do Presidente da Assembléia Nacional da Venezuela, deputado Juan Guaidó, por parte do Serviço Nacional de Inteligência Bolivariano (Sebin), na manhã de hoje”, diz o texto oficial, divulgado no início da noite deste domingo (13).

 

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