Presidente do Chile decreta estado de emergência após protestos violentos

  • Por Jovem Pan
  • 19/10/2019 11h57
EFE/ Alberto Peña Manifestações foram organizadas contra a alta na passagem das tarifas de metrô

As províncias de Santiago, capital do Chile, e de Chacabuco, assim como as comunas de Ponte Alta e São Bernardo, amanheceram neste sábado (19) sob estado de emergência, decretado pelo presidente Sebastián Piñera. O Exército tomou o controle das ruas depois de um dia de protestos contra a alta na passagem das tarifas de metrô.

Durante toda a sexta (18), estudantes secundaristas promoveram protestos contra o aumento da passagem da capital chilena de 800 para 830 pesos. Inicialmente, as ações se concentraram em pular as catracas das estações e em bloquear vias públicas. No entanto, durante a noite, as manifestações se tornaram violentas, com incêndios em 19 estações de metrô, saques em supermercados e lojas e destruição de agências bancárias.

A escada externa de emergência do edifício central da companhia elétrica Enel, próximo ao Cerro Santa Lucía, um dos principais pontos turísticos da capital chilena, foi incendiada. O fogo foi controlado pelos bombeiros, mas as chamas chegaram até o 12º andar da escada de emergência e afetou escritórios da companhia no primeiro andar do prédio.

No fim da noite, Piñera interrompeu compromissos pessoais e voltou para o palácio presidencial de La Moneda, onde decretou o estado de emergência após se reunir com os ministros da Defesa, lberto Espina, e do Interior Andrés Chadwick. Designado para chefiar do estado de emergência, o general Javier Iturriaga descartou a possibilidade de decretar toque de recolher.

Pela manhã, a capital chilena fazia as contas do estrago. Ao todo, 41 estações de metrô foram vandalizadas, incluindo as incendiadas. Foram registrados 156 policiais feridos e, até o momento, existem 11 ocorrências de civis feridos.

*Com Agência Brasil

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