Pressionada, Angela Merkel recua sobre medidas mais restritivas na Páscoa: ‘Erro pessoal’
Frustração gerada ameaça prejudicar o partido da chanceler da Alemanha antes das eleições que acontecem em setembro
A chanceler Angela Merkel decidiu rever as medidas mais duras de restrição que havia anunciado para o período da Páscoa na Alemanha. Ela chamou a decisão de fechar igrejas e lojas por cinco dias de “erro pessoal”. Na manhã desta quarta-feira, 24, a líder do país pediu perdão ao público porque sua proposta causou incertezas nos locais. A frustração gerada ameaça prejudicar o partido de Merkel antes das eleições que acontecem em setembro.
Na segunda-feira, 22, após uma reunião da chanceler e 16 chefes dos estados, foram anunciadas extensões no lockdown parcial até 18 de abril e um aumento das medidas entre 1º e 5 do mesmo mês na tentativa de conter a “nova onda” da Covid-19 provocada pela variante britânica do coronavírus. Neste bloqueio maior, os supermercados só poderiam abrir as portas no Sábado Santo — o que possivelmente geraria aglomerações.
Os anúncios foram questionados por médicos, epidemiologistas e membros do bloco político de Angela Merkel. Das decisões tomadas, permanece apenas a suspensão de emergência sobre novas reaberturas que vale para áreas que superem 100 novos casos de coronavírus a cada 100 mil habitantes por pelo menos sete dias. O país está desgastado e atravessa um dos piores momentos da pandemia, com 2.699.231 casos confirmados e 75.269 óbitos pela doença.
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