Primeiro grande protesto contra Javier Milei tem confronto entre manifestantes e policiais

Movimento ocorre contra as medidas econômicas anunciadas pelo presidente; policiamento foi reforçado nas ruas e estradas da cidade

  • Por Jovem Pan
  • 20/12/2023 18h42 - Atualizado em 20/12/2023 18h43
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EFE/ Isaac Fontana Argentinos foram às ruas protestar contra as medidas econômicas de Javier Milei Manifestantes concentrados em frente a Casa Rosada, sede do governo argentino

Os argentinos foram às ruas da capital Buenos Aires nesta quarta-feira, 20, protestar contra as medidas econômicas do presidente Javier Milei. O policiamento foi reforçado nas ruas e estradas da cidade. Com autorização do Ministério da Segurança, os oficiais revistaram passageiros a bordo de transportes coletivos. Os manifestantes se dirigiram à praça principal Plaza de Mayo, em frente ao palácio presidencial. Eles exigem um maior apoio financeiro aos pobres. “É uma mobilização pacífica. Não queremos nenhum tipo de confronto”, disse Eduardo Belliboni, que lidera o grupo de protesto Polo Obrero, que convocou a manifestação, à rádio local. Apesar disso, houve confronto entre os manifestantes e policiais. O clima esquentou quando policiais tentaram levar as pessoas para a calçada, não permitindo o fechamento de vias da cidade.

Milei, que assumiu o cargo no início deste mês prometendo diminuir os gastos públicos, anunciou medidas abrangentes para reformar a economia da Argentina e reprimir as manifestações nos últimos dias organizada por grupos sociais que se comprometeram a opor-se à sua “terapia de choque”. Na semana passada, o presidente anunciou uma desvalorazição de 54% do peso, corte nos subsídios à energia e aos transportes e cancelar licitações de obras públicas que ainda não começaram. Além disso, o mandatário anunciou o fechamento de alguns ministérios do governo que ele disse serem necessários para enfrentar a aguda crise econômica da Argentina. Visando conter as manifestações, o governo argentino prometeu “punições severas” para manifestantes que fecharem às ruas durante o ato. A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, anunciou que as quatro forças federais argentinas estarão de prontidão para atuar durante os protestos, afirmando que as autoridades poderão atuar “de acordo com códigos processuais vigentes”, reforçando que eles poderiam prender em flagrante na hora da autuação.

O movimento também homenageia o 22º aniversário de um protesto contra o governo de Fernando de la Rua que 39 mortos, episódio que culminou com a renúncia do até então presidente. A ministra da pasta de Capital Humano do governo, Sandra Pettovello, anunciou por meio de um vídeo nesta segunda-feira, 18, que ‘piqueteiros’ – ou seja, manifestantes – que bloquearem as ruas da Argentina em protestos contra as medidas anunciadas pelo presidente deixarão de receber recursos de programas de assistência social. “Manifestar-se é um direito, mas circular livremente pelo território argentino para se dirigir ao local de trabalho também é. […] Os únicos que não receberão o benefício são aqueles que participarem de marchas”, afirmou.

*Com informações de agências internacionais

 

 

 

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