Procurador-geral do Peru volta atrás e renomeia promotores do caso Odebrecht

  • Por Jovem Pan
  • 03/01/2019 08h58
Reprodução Os promotores peruanos Rafael Vela Barba e José Domingo Pérez foram demitidos na segunda-feira (31) pelo procurador-geral do país, Pedro Chavarry Os promotores peruanos Rafael Vela Barba e José Domingo Pérez foram demitidos na segunda-feira (31) pelo procurador-geral do país, Pedro Chavarry

O procurador-geral do Peru, Pedro Chávarry, voltou atrás e renomeou os promotores Rafael Vela e José Domingo Pérez nesta quarta-feira (2). Eles são os principais membros da equipe especial do país para investigar os casos de corrupção no país envolvendo a construtora Odebrecht.

A decisão de Chávarry foi anunciada enquanto o presidente do Peru, Martín Vizcarra, chegava ao Congresso para apresentar um projeto de lei para uma intervenção no Ministério Público. Vizcarra também queria a renúncia de Frank Almanza e Marcial Páucar, que foram designados para substituir Vela e Pérez, respectivamente.

Os dois promotores foram demitidos na segunda-feira (31), dois dias depois de firmarem um acordo de colaboração premiada com a construtora. O anúncio da demissão causou polêmica e até mesmo a força-tarefa da Lava Jato no Brasil se manifestou de forma contrária à atitude de Chávarry.

O procurador-geral argumentou que voltou atrás “em consideração à transcendência e à importância das investigações vinculadas com crimes de corrupção de funcionários públicos e pessoas ligadas a eles, nos quais teria incorrido a empresa Odebrecht”. Cháverry acrescentou que considera que devem ser “transparentes as ações tomadas pela equipe especial de promotores” e que considerou o fato de que Frank Almanza e Marcial Páucar recusaram as nomeações.

Além do ex-presidente Alan García e de Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori e líder da oposição ao atual governo, as investigações do escândalo de corrupção envolvendo a Odebrecht no Peru também têm como alvo os ex-presidentes Alejandro Toledo, Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski.

Até agora, a Odebrecht reconheceu ter pagado milhões de dólares em propinas no Peru entre 2005 e 2014, além de doações em dinheiro aos principais líderes políticos do país, para financiar suas campanhas eleitorais à presidência, em troca de facilitação na concessão de obras públicas.

*Com informações da Agência EFE

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