Protestos antirracistas nos EUA chegam a Oakland, na Califórnia
Centenas de pessoas se concentraram, ainda na noite de ontem, nos arredores da principal unidade de polícia administrativa local e iniciaram marcha pelas ruas
A nova onda de protestos antirracistas nos Estados Unidos chegou na madrugada desta quinta-feira, 27, na cidade de Oakland, no estado da Califórnia, onde aconteceram confrontos entre manifestantes e policiais pela primeira vez desde julho. Centenas de pessoas se concentraram, ainda na noite de ontem, às 20h pelo horário local (0h de Brasília), nos arredores da principal unidade de polícia administrativa local e iniciaram marcha pelas ruas. Alguns partiram para quebrar vidraças, formar barricadas e iniciar pequenos incêndios.
Usando táticas de guerrilha urbana, os manifestantes avançaram em grande velocidade e foram mudando a rota que faziam de acordo com a presença de agentes de segurança, até que, às 22h, foi ordenado que se dispersassem. Oakland, que tem quase um quarto de população negra, é uma das mais pobres da região em que está inserida, especialmente, se comparada com as vizinhas San Francisco e San Jose. Meses atrás, a cidade foi palco de violentos confrontos entre participantes de protestos e policiais, após a morte de George Floyd.
O centro histórico da cidade acabou se tornando um campo de batalha, houve registro de saques à lojas e restaurantes, o que não acontecia desde julho, quando as pessoas foram às ruas protestar contra a morte do homem negro durante uma abordagem policial. No protesto das últimas horas, bancos, grandes cadeias de lojas, supermercados, entre outros estabelecimentos foram os principais alvos dos manifestantes, que voltaram a marchar sob o lema “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam) e cobrar que o atual sistema de polícia seja desmantelado. A nova onda de manifestações foi iniciada depois da morte de Jacob Blake, também homem negro, na cidade de Kenosha, no estado de Wisconsin, que levou sete tiros nas costas, disparados por policial, e que corre o risco de perder os movimentos.
*Com informações da Agência EFE
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