Dia de protestos na Colômbia termina com pelo menos 3 mortos e 98 detidos

Os protestos que tomaram as ruas das principais cidades do país rejeitam as políticas sociais e econômicas do presidente Iván Duque

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2019 14h50
EFE Presidente da Colômbia Iván Duque, presidente da Colômbia

Pelo menos três pessoas morreram e outras 98 foram detidas durante os protestos em massa que movimentos sociais realizaram na quinta-feira (21) em várias cidades da Colômbia, com o objetivo de expressar sua rejeição com as políticas sociais e econômicas do presidente Iván Duque.

O ministro da Defesa, Carlos Holmes Trujillo, informou nesta sexta (22), ao fazer um balanço das manifestações que tiveram episódios violentos no final, que em Bogotá gerou um prejuízo de mais de 20 bilhões de pesos (cerca de R$ 24 milhões).

“Embora na maior parte do dia da mobilização não ocorreram contratempos, em casos específicos a violência causou afetações. Nas últimas horas, as autoridades confirmaram a morte de duas pessoas em Buenaventura durante os tumultos”, disse.

O ministro acrescentou que as mortes dessas pessoas ocorreram durante uma tentativa de saquear um centro comercial da cidade, onde está localizado o principal porto do país no Pacífico, e disse que uma pessoa em Candelaria, também no departamento de Valle del Cauca, de juntou a elas.

Milhares de colombianos tomaram nesta quinta as ruas de Bogotá, Cali, Medellín e outras grandes cidades até o final da noite, quando uma confusão se espalhou pela maioria dos bairros da capital.

Trujillo disse que cerca de 253 mil pessoas participaram de “622 atividades em passeatas, comícios e outras atividades” em 350 municípios em 31 departamentos colombianos.

O ministro acrescentou que 98 pessoas foram detidas e 207 foram levadas para delegacias de polícia “para sua proteção”, enquanto oito menores foram apreendidos.

No final do protesto na capital Bogotá, aconteceu um confronto entre manifestantes e policiais na Praça de Bolívar, onde o Capitólio, o Palácio da Justiça e o Palácio Lievano, sede da prefeitura, foram atacados com pedras, tintas e coquetéis molotov.

Da mesma forma, pelo menos 68 estações do sistema de transporte público foram atacados com pedras, paus e pichações, de modo que os reparos durarão dois dias, segundo as autoridades.

Nas redes sociais, surgiram imagens virais nas quais membros do Esquadrão de Motim Móvel (Esmad) são vistos batendo no rosto de uma mulher e vídeos nos quais mais de cinco policiais chutam e socam um casal em uma rua do centro de Bogotá.

Diante desses fatos, o ministro da Defesa disse que a Inspetoria Geral de Polícia abriu 11 inquéritos preliminares em Bogotá, Manizales, Cali e Cartagena por alegações de “possíveis irregularidades na conduta dos membros da polícia”.

*Com informações da EFE

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