Protestos na Venezuela: Colômbia fala em ‘lado certo da história’, Bolívia condena ‘golpe’
Desde o início desta terça-feira (30), países de todo o mundo têm se manifestado sobre o dia de extrema tensão vivido pela Venezuela. Enquanto grande parte demonstra apoio ao movimento do auto-proclamado presidente interino Juan Guaidó, alguns poucos seguem defendendo o ditador Nicolás Maduro.
Confira aqui como cada país se manifestou:
Brasil
No início da tarde, o presidente brasileiro Jair Bolsonaro foi às redes sociais declarar apoio a Guaidó. “O Brasil se solidariza com o sofrido povo venezuelano escravizado por um ditador apoiado pelo PT, PSOL e alinhados ideológicos. Apoiamos a liberdade desta nação irmã para que finalmente vivam uma verdadeira democracia”, escreveu.
O Brasil se solidariza com o sofrido povo venezuelano escravizado por um ditador apoiado pelo PT, PSOL e alinhados ideológicos. Apoiamos a liberdade desta nação irmã para que finalmente vivam uma verdadeira democracia.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 30, 2019
Estados Unidos
Os Estados Unidos, mais uma vez, exaltaram a tentativa da oposição de derrubar o regime de Maduro com o auxílio de facções de Forças Armadas que romperam com o chavismo. “Hoje o presidente interino Juan Guaidó anunciou o início da Operação Libertad. O governo dos EUA apoia totalmente o povo venezuelano em sua busca por liberdade e democracia. A democracia não pode ser derrotada”, postou o secretário Mike Pompeo no Twitter.
Today interim President Juan Guaido announced start of Operación Libertad. The U.S. Government fully supports the Venezuelan people in their quest for freedom and democracy. Democracy cannot be defeated. #EstamosUnidosVE
— Secretary Pompeo (@SecPompeo) April 30, 2019
Em seguida, Donald Trump também publicou que “está monitorando de perto” e que se mantém ao lado do povo venezuelano “pela liberdade”.
I am monitoring the situation in Venezuela very closely. The United States stands with the People of Venezuela and their Freedom!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) April 30, 2019
Chile
O líder chileno, Sebastian Piñera, reiterou o mesmo posicionamento e destacou que a ditadura deve terminar de maneira pacífica. “Reiteramos nosso total apoio a Guaidó e à democracia na Venezuela. A ditadura de Maduro deve terminar com a força pacífica, e dentro da constituição, do povo venezuelano. Isso irá restaurar as liberdades, a democracia, os direitos humanos e o progresso.”
Reiteramos Ntro total apoyo al Pdte Guaido y democracia en https://t.co/2y0dWEm4jU dictadura de Maduro debe terminar por la fuerza pacífica, ydentro de la constitución, del pueblo venezolano. Así se restablecerán las libertades, la democracia,los DDHH y el progreso en #Venezuela.
— Sebastian Piñera (@sebastianpinera) April 30, 2019
Argentina
Mauricio Macri, presidente da Argentina, defendeu o movimento da oposição e criticou algumas consequências da atual crise venezuelana. “A falta de democracia não é apenas uma questão política, sendo que traz consigo falta de energia e oferta, perseguição política, expropriações, militarização da política, desrespeito pessoal e paranóia no exercício do poder. Força, Venezuela!”, postou.
La falta de democracia no es solo un asunto político, sino que trae consigo la falta de energía, el desabastecimiento, la persecución política, expropiaciones, la militarización de la política, la desmesura personalista, la paranoia en el ejercicio del poder. Fuerzas Venezuela!!
— Mauricio Macri (@mauriciomacri) April 30, 2019
Colômbia
O presidente da Colômbia, Iván Duque, fez um apelo aos militares do país para que apoiem o opositor. “Fazemos um chamado aos militares e ao povo da Venezuela para que se coloquem do lado certo da história, rechaçando a ditadura e a usurpação de Maduro; unindo-se em busca de liberdade, democracia e reconstrução institucional”, publicou.
Hacemos llamado a militares y al pueblo de #Venezuela para que se ubiquen del lado correcto de la historia, rechazando dictadura y usurpación de Maduro; uniéndose en búsqueda de libertad, democracia y reconstrucción institucional, en cabeza de @AsambleaVE y el Presidente @jguaido
— Iván Duque (@IvanDuque) April 30, 2019
Paraguai
Já Marito Abdo, presidente do Paraguai, foi sucinto na publicação: “Povo corajoso da Venezuela! Sua hora chegou!”.
Valiente pueblo de Venezuela! Llegó tu hora!
— Marito Abdo (@MaritoAbdo) April 30, 2019
OEA
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, manifestou apoio à adesão de oficiais das Forças Armadas ao movimento que tenta derrubar o ditador. “Saudamos a adesão de militares à Constituição e ao autodeclarado presidente. É necessário o mais pleno respaldo ao processo de transição democrática de forma pacífica”, disse ao compartilhar uma mensagem de Guaidó.
Saludamos adhesión de militares a la Constitución y al Presidente encargado de #Venezuela @jguaido. Es necesario el más pleno respaldo al proceso de transición democrática de forma pacífica. #OEAconVzla https://t.co/2fnCtClFIe
— Luis Almagro (@Almagro_OEA2015) April 30, 2019
Bolívia
Em um texto que foi compartilhado pelo próprio Maduro, Evo Morales, presidente da Bolívia, por sua vez, declarou que o movimento da oposição é um “golpe da direita submissa a interesses estrangeiros”. “Condenamos a tentativa de golpe de estado por parte da direita que é submissa a interesses estrangeiros. Estamos confiantes de que a valiosa revolução bolivariana e o irmão Nicolás Maduro vão se impor a esse novo ataque do império.”outro texto, o presidente boliviano fez acusações os Estados Unidos, que, de acordo com ele, “busca provocar violência e morte na Venezuela, sem se importar com as perdas humanas”.
Condenamos enérgicamente el intento de golpe de Estado en #Venezuela, por parte de la derecha que es sumisa a intereses extranjeros. Seguros que la valerosa Revolución Bolivariana a la cabeza del hermano @NicolasMaduro, se impondrá a este nuevo ataque del imperio.
— Evo Morales Ayma (@evoespueblo) April 30, 2019
Cuba
Também nas redes, o mandatário de Cuba afirmou que os manifestantes têm como objetivo “criar ansiedade e terror”. “Rechaçamos esse movimento golpista que pretende encher o país de violência. Os traidores que se colocaram na frente desse movimento subversivo empregaram tropas e policiais com armas de guerra em uma via pública da cidade para criar ansiedade e terror”, disse.
Rechazamos este movimiento golpista que pretende llenar de violencia al país. Los traidores que se han colocado al frente de este movimiento subversivo, han empleado tropas y policías con armas de guerra en una vía pública de la la ciudad para crear zozobra y terror #SomosCuba https://t.co/n1jIoABPvi
— Miguel Díaz-Canel Bermúdez (@DiazCanelB) April 30, 2019
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