Putin admite que o sistema antiaéreo russo estava ativo quando avião da Embraer caiu no Cazaquistão

Presidente da Rússia não indicou se o avião foi atingido pelos mísseis; mandatário do Azerbaijão, Ilham Aliev, informou que aeronave foi impactado por ‘uma interferência física externa’

  • Por Jovem Pan
  • 28/12/2024 12h12
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EFE/EPA/GAVRIIL GRIGOROV/SPUTNIK/KREMLIN POOL Rússia Vladimir Putin conversou com presidente do Azerbaijão por telefone

O presidente russo, Vladimir Putin, admitiu neste sábado (28) que o sistema antiaéreo russo estava ativo na quarta-feira (25), quando um avião do Azerbaijão tentou pousar antes de cair no Cazaquistão, segundo o Kremlin. “O avião do Azerbaijão tentou pousar no aeroporto de Grozny. Neste mesmo momento, as cidades de Grozny, Mozdok e Vladikavkaz estavam sendo atacadas por drones de combate ucranianos, e o sistema de defesa aérea russo repeliu os ataques”, disse Putin durante conversa por telefone com o seu homólogo do Azerbaijão, Ilham Aliev. A queda do avião Embraer 100 da Azerbaijan Airlines, que transportava 67 pessoas e deixou 38 mortos, tinha come destino Grozny, capital da República da Chechênia, em território russo. Putin não indicou se o avião foi atingido pelos mísseis russos.

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O presidente do Azerbaijão disse a Putin que o avião foi impactado por “uma interferência física externa”. “O chefe de Estado destacou que os múltiplos buracos na fuselagem do avião, os ferimentos sofridos pelos passageiros e tripulantes (…) e os testemunhos (…) confirmam os indícios de interferências físicas e técnicas externas”, disse a Presidência em um comunicado. Desde o incidente as suspeitas são de que a Rússia possa ter derrubado acidentalmente o avião. Embora Putin não tenha reconhecido a responsabilidade do seu país, o presidente russo pediu desculpas a Aliev neste sábado. “Vladimir Putin pediu desculpas pelo fato deste trágico incidente ter ocorrido no espaço aéreo russo”, disse o Kremlin.

Especialistas ocidentais acreditam que as imagens da fuselagem mostram buracos que normalmente são causados por este tipo de míssil. A vice-presidente da UE, Kaja Kallas, reiterou neste sábado a necessidade de lançar uma investigação internacional independente. Kallas chama este incidente de “lembrete forte” do voo MH17 da Malaysian Airlines, que foi derrubado por um míssil lançado por rebeldes apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia em 2014.

*Com informações da AFP
Publicado por Sarah Paula

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