Putin reconhece avanços nas negociações, mas não está disposto a renunciar seus objetivos militares

Líder russo conversou com Emmanuel Macron para falar sobre a situação da Ucrânia e o pagamento pelo gás em rublos

  • Por Jovem Pan
  • 29/03/2022 15h23 - Atualizado em 29/03/2022 16h31
SERGEI GUNEYEV / SPUTNIK / AFP - 06/03/2022 Vladimir Putin, presidente da Rússia Vladimir Putin afirmou no último mês que só irá deixar de atacar a Ucrânia no momento em que o país parar de resistir

O presidente russo, Vladimir Putin, conversou com o líder francês, Emmanuel Macron, nesta terça-feira, 29, após representantes da Rússia e da Ucrânia realizarem uma rodada de negociações na Turquia. Segundo o Kremlin, que divulgou informações sobre a reunião que aconteceu por videoconferência entre os dois, Putin reconheceu os avanços das negociações com Kiev, entretanto, se manteve inflexível sobre o desejo de seguir com a ofensiva no leste do país vizinho. Segundo indicaram fontes do Palácio do Eliseu, o chefe do Kremlin garantiu que não está disposto a renunciar seus objetivos militares, em particular, a tomada de Mariupol, já que se negou a levantar o cerco à cidade portuária. Durante a conversa, ele também exigiu que os nacionalistas ucranianos de Mariupol deponham as armas alegando que “para resolver a situação humanitária na cidade, eles vão ter que acabar com a resistência”.

Os dois líderes também conversaram sobre a forma de pagamento para o gás russo. Putin pediu ao Macron para que a União Europeia pague o gás do país em rublos, o que foi negado pelo francês. Na segunda-feira, 28, o ministro da Economia e Energia da Alemanha, Robert Habeck, comunicou que os países do G7 concordaram que não vão pagar pelo gás russo em rublos, e classificaram a decisão de Putin de não aceitar dólares e euros como inaceitáveis. “Todos os ministros do G7 concordam completamente que isso seria uma violação unilateral e clara dos contratos existentes”, disse Habeck.

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