Putin vai enviar combatentes voluntários para Ucrânia e estuda reforçar presença militar na fronteira

Ministério da Defesa diz que 16 mil pessoas estão preparadas para atuar na região separatista de Donbass e que a maioria são cidadãos de países do Oriente Médio

  • Por Jovem Pan
  • 11/03/2022 11h06
ALEXEY NIKOLSKY / SPUTNIK / AFP - 17/02/2022 Vladimir Putin, presidente da Rússia Presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirma que recuará apenas quando os interesses de segurança da Rússia forem atendidos

O Presidente russo, Vladimir Putin, ordenou nesta sexta-feira, 11, que o Exército russo facilite o envio de combatentes voluntários para a Ucrânia. “Se vocês virem pessoas que queiram ir voluntariamente, e não por dinheiro, para ajudar as pessoas que vivem no Donbass (leste da Ucrânia), vocês têm que abordá-las e facilitar para elas a forma de chegar à zona de combate”, disse Putin. Essa decisão, é uma resposta aos combatentes voluntários que se juntaram ao exército ucraniano para ajudar o país no conflito que já dura 16 dias. Putin criticou o posicionamento dessas pessoas. “Os sócios ocidentais do regime ucraniano nem sequer se escondem” e reúnem abertamente “mercenários de todo mundo para enviá-los para a Ucrânia”, declarou.

A ideia de chamar voluntários para lutar na Rússia, foi ideia do ministro da Defesa, Sergei Shoigu, que também sugeriu que Putin forneça às forças separatistas do leste o armamento apreendido da Ucrânia, especialmente o que for de fabricação ocidental. Segundo o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, “a maioria dos que querem e pediram (para ir combater) são cidadãos de países do Oriente Médio, são sírios”. De acordo com a Reuters, durante reunião do Conselho de Segurança russo, Shoigu informou que há 16 mil “voluntários” no Oriente Médio prontos para apoiar a Rússia e lutar contra a Ucrânia.

Um outro assunto que também foi debatido durante a reunião, foi o reforço militar nas fronteiras. Putin disse que é um tema que ainda precisa ser estudado, contudo, pediu que um relatório seja elaborado. “Com base nos resultados da sua discussão, tomaremos uma decisão apropriada num futuro próximo”, Essa é uma resposta de Putin ao envio de tropas ocidentais para os países que fazem fronteira com a Ucrânia e pertencem à Otan, que aumentou desde o dia da invasão. De acordo com o presidente russo, isso é uma ameaça a segurança da Rússia e seria uma forma de proteger o território russo – esse foi o mesmo argumento que ele utilizou antes de invadir a Ucrânia.

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