Reino Unido aprova lei que autoriza deportar imigrantes para Ruanda

De acordo com o governo, um dos objetivos é desmantelar as redes de tráfico de pessoas que ofertam perigosas travessias de barco via canal da Mancha

  • Por Redação
  • 23/04/2024 09h01
Reprodução/AFP GRÃ-BRETANHA-RUANDA-MIGRAÇÃO-POLÍTICA O objetivo da legislação promovida pelo Executivo era considerar Ruanda como um país seguro

O Parlamento britânico aprovou nesta segunda-feira (22) a lei que permitirá que os migrantes que tenham entrado irregularmente no Reino Unido sejam enviados para Ruanda, na África. A peça legislativa, uma das promessas do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, foi autorizada após uma discussão intensa as duas câmaras, dos Comuns e dos Lordes. A Câmara dos Lordes aprovou a lei após decidir não adicionar mais alterações. Os comuns, por sua vez, haviam rejeitado tudo o que os seus pares haviam sugerido. A legislação será agora enviada para que o rei Charles III assine a sanção real. Sunak afirmou que os voos com migrantes que cruzaram ilegalmente o Canal da Mancha – entre a França e a Inglaterra – começarão a decolar dentro de 10 a 12 semanas. O objetivo da legislação promovida pelo Executivo era considerar Ruanda como um país seguro, após o Supremo Tribunal britânico ter considerado ilegal o plano inicial.

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Em novembro, o Supremo Tribunal concluiu que a nação africana não pode ser considerada segura porque os migrantes poderiam ser devolvidos aos seus países de origem, de onde fugiram. Depois que a lei superou o trâmite parlamentar, Sunak disse em comunicado à imprensa que a legislação é “histórica” e representa “uma mudança fundamental na equação da migração global”. “Apresentamos a lei de Ruanda para dissuadir os migrantes vulneráveis ​​de fazerem travessias perigosas e quebrar o modelo de negócio dos grupos criminosos que os exploram”, declarou. “Deixará muito claro que, se você vier para cá ilegalmente, não poderá ficar. Nosso objetivo agora é fazer com que os voos decolem, e tenho certeza de que nada nos impedirá de fazer isso e salvar vidas”, acrescentou o primeiro-ministro.

*Com informações da EFE

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