Reino Unido aprova lei que autoriza deportar imigrantes para Ruanda
De acordo com o governo, um dos objetivos é desmantelar as redes de tráfico de pessoas que ofertam perigosas travessias de barco via canal da Mancha
O Parlamento britânico aprovou nesta segunda-feira (22) a lei que permitirá que os migrantes que tenham entrado irregularmente no Reino Unido sejam enviados para Ruanda, na África. A peça legislativa, uma das promessas do primeiro-ministro britânico Rishi Sunak, foi autorizada após uma discussão intensa as duas câmaras, dos Comuns e dos Lordes. A Câmara dos Lordes aprovou a lei após decidir não adicionar mais alterações. Os comuns, por sua vez, haviam rejeitado tudo o que os seus pares haviam sugerido. A legislação será agora enviada para que o rei Charles III assine a sanção real. Sunak afirmou que os voos com migrantes que cruzaram ilegalmente o Canal da Mancha – entre a França e a Inglaterra – começarão a decolar dentro de 10 a 12 semanas. O objetivo da legislação promovida pelo Executivo era considerar Ruanda como um país seguro, após o Supremo Tribunal britânico ter considerado ilegal o plano inicial.
Em novembro, o Supremo Tribunal concluiu que a nação africana não pode ser considerada segura porque os migrantes poderiam ser devolvidos aos seus países de origem, de onde fugiram. Depois que a lei superou o trâmite parlamentar, Sunak disse em comunicado à imprensa que a legislação é “histórica” e representa “uma mudança fundamental na equação da migração global”. “Apresentamos a lei de Ruanda para dissuadir os migrantes vulneráveis de fazerem travessias perigosas e quebrar o modelo de negócio dos grupos criminosos que os exploram”, declarou. “Deixará muito claro que, se você vier para cá ilegalmente, não poderá ficar. Nosso objetivo agora é fazer com que os voos decolem, e tenho certeza de que nada nos impedirá de fazer isso e salvar vidas”, acrescentou o primeiro-ministro.
*Com informações da EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.