República Democrática do Congo anuncia quatro novos casos de Ebola
“Embora não esperássemos enfrentar uma nova epidemia tão cedo, a detecção rápida do vírus é um indicador do bom funcionamento do sistema de vigilância”, afirmou o ministro da Saúde, Oly, Kalunga.
A divisão de saúde de Kivu do Norte notificou o Ministério da Saúde, no sábado, 28, sobre 26 casos de febre hemorrágica, incluindo 20 mortes na província de Kivu do Norte. Quatro das seis amostras enviadas para análise ao Instituto Nacional de Pesquisas Biológicas na capital Kinshasa voltaram positivas para o Ebola, disse o ministério.
Os novos casos estão em Mangina, a cerca de 30 quilômetros a oeste de Beni, uma cidade com mais de 230 mil habitantes. A leste, estão os dois parques de vida selvagem mais conhecidos da África, Virunga e Rwenzori, na fronteira com Uganda. Os acessos de entrada e saída para a aldeia estão proibidos.
O governador de Kivu do Norte, Julien Paluku, pediu aos moradores que permaneçam calmos. Uma equipe de 12 especialistas do Ministério da Saúde chegará a Beni na quinta-feira, 2, informou o ministério. A equipe inclui técnicos de laboratório, epidemiologistas, psicólogos clínicos e médicos com um laboratório móvel e equipamento de proteção.
O leste do Congo é volátil em conflitos, com dezenas de grupos rebeldes competindo por terras ricas em minerais. O governo informou que colocou em prática a segurança para proteger os trabalhadores de saúde e a população.
Em 24 de julho, O Congo declarou o fim de um surto de Ebola que começou em maio, na província noroeste de Equateur e resultou em 54 casos confirmados, incluindo 33 mortes. Autoridades disseram que uma rápida resposta internacional e vacinações de mais de 3 300 pessoas foram fatores importantes na contenção do surto.
Identificado pela primeira vez em 1976, no Congo, o Ebola é transmitido através do contato com fluidos corporais dos infectados, incluindo dos mortos.
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