Reunião global da OMC começa na Suíça; diretora vê realização de acordos comerciais como ‘difícil’
Representantes dos países discutirão ‘policrise’, causada por pandemia, guerra e problemas nos setores de alimentos e energia
A 12ª Conferência Ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC) começou neste domingo, 12, com um discurso da diretora-geral da entidade, Ngozi Okonjo-Iweala. No total, 164 ministros do comércio de diferentes países discutirão a ‘policrise’, como Okonjo-Iweala definiu, em busca de soluções para problemas no comércio mundial trazidos pela pandemia de Covid-19, pela guerra entre Rússia e Ucrânia e no fornecimento de alimentos e energia. A diretora-geral previu que a realização de acordos amplos será difícil, com “algumas minas ao longo do caminho, que terão que ser evitadas”.
A economista nigeriana pediu aos representantes dos países que “mostrem ao mundo que a Organização pode assumir suas responsabilidades” ao alcançar acordos sobre temas como redução de subsídios à pesca, ampliação do acesso a vacinas contra Covid-19, segurança alimentar e definição de um rumo para a reforma da própria OMC. “O que resta a ser decidido requer vontade política – e eu sei que vocês têm – para nos levar até a linha de chegada”, disse ela no discurso, alertando que será um desafio. A conferência está prevista para durar até a quarta-feira, 15, e todos os acordos têm que obter consenso entre os 164 membros para serem aprovados. Já foi apresentado um projeto de declaração ministerial, que promete “tomar medidas concretas” para facilitar o comércio e melhorar o funcionamento dos mercados de alimentos, bastante afetados pela guerra, “incluindo os de grãos e fertilizantes”. O texto afirma que priorizará países de menor poder aquisitivo.
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