Romênia anula primeiro turno das eleições presidenciais após ataques cibernéticos
Documentos do Conselho Supremo de Defesa do país apontam que a campanha de Georgescu representa riscos à segurança nacional
O Tribunal Constitucional da Romênia decidiu anular o primeiro turno das eleições presidenciais realizadas em 24 de novembro, onde o candidato da direita, Călin Georgescu, havia sido declarado vencedor. Essa decisão, que é definitiva, foi tomada após a identificação de ataques cibernéticos e alegações de interferência russa no processo eleitoral. Documentos do Conselho Supremo de Defesa do país apontam que a campanha de Georgescu representa riscos à segurança nacional. O Ministério Público da Romênia está investigando uma série de possíveis irregularidades, incluindo crimes cibernéticos, violações da legislação eleitoral, compra de votos e lavagem de dinheiro. Com a anulação do primeiro turno, um novo processo eleitoral terá que ser iniciado, e Georgescu enfrentaria a atual líder da oposição, Elena Lasconi, em uma nova disputa.
Lasconi criticou a decisão do tribunal, chamando-a de “ilegal, imoral e destruidora da essência da democracia”. Ela argumentou que a votação deveria ter continuado, respeitando a vontade expressa do eleitorado. A anulação do primeiro turno gerou um clima de incerteza e controversia em relação ao futuro político do país. Na semana anterior à decisão do tribunal, já havia sido determinada a recontagem dos votos do primeiro turno, o que intensificou as disputas eleitorais. A vitória de Georgescu foi inesperada, uma vez que ele estava em posições inferiores nas pesquisas antes da votação. O político, de 62 anos, é conhecido por suas opiniões polêmicas, como a defesa do fim da guerra na Ucrânia e a negação da pandemia de Covid-19.
Além disso, os partidos de direita obtiveram resultados significativos nas eleições parlamentares, mas os Social-Democratas, que estão no governo, se destacaram como a maior facção e buscam formar uma coalizão favorável à União Europeia. O tribunal, no entanto, não levantou questionamentos sobre a integridade da votação nas eleições parlamentares, o que pode indicar uma separação entre os processos eleitorais.
Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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