Rompimento de barragem deixa mais de 40 mortos no Quênia

‘A equipe no local está sobrecarregada, mas as buscas prosseguem’, declarou funcionário da delegacia do condado de Nakuru; o país enfrenta chuvas torrenciais e mantém as escolas fechadas

  • Por Redação
  • 29/04/2024 09h44 - Atualizado em 29/04/2024 09h45
Reprodução/EFE Rompimento de barragem no Quênia Na sexta-feira (26), o governo queniano pediu à população que se preparasse para chuvas ainda mais intensas

Pelo menos 45 pessoas morreram no rompimento de uma barragem em uma cidade de Nairóbi, capital do Quênia, no momento em que o país enfrenta chuvas torrenciais e mantém as escolas fechadas. “Até o momento, recuperamos 45 corpos da tragédia. A equipe no local está sobrecarregada, mas as buscas prosseguem”, declarou por telefone à AFP um funcionário da delegacia do condado de Nakuru. A barragem rompeu perto da cidade da localidade de Mai Mahiu, no Vale do Rift, a 100 quilômetros de Nairóbi. Casas foram destruídas e uma rodovia foi bloqueada. Ao total, 120 pessoas morreram no Quênia desde março devido às chuvas mais intensas que o habitual que atingiram o país, agravadas pelo fenômeno climático El Niño. Em outro incidente, a Cruz Vermelha queniana anunciou nesta segunda-feira (29) que recuperou dois corpos após uma embarcação, que transportava inúmeras pessoas, naufragou no fim de semana durante a cheia do rio Tana. Segundo a organização, 23 pessoas foram resgatadas. Na sexta-feira (26), o governo queniano pediu à população que se preparasse para chuvas ainda mais intensas.

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Escolas fechadas

As escolas permanecem fechadas devido aos temporais. “O efeito devastador da chuva em algumas escolas é tão grande que seria imprudente arriscar a vida das crianças e dos funcionários”, afirmou o ministro da Educação, Ezequiel Machogu. As chuvas também provocaram danos consideráveis na vizinha Tanzânia, onde pelo menos 155 pessoas morreram em inundações e deslizamentos de terra. No Burundi, um dos países mais pobres do mundo, quase 96.000 pessoas foram deslocadas por meses de chuvas ininterruptas, anunciaram a ONU e o governo no início do mês. No final do ano passado, mais de 300 pessoas morreram em consequência das chuvas e inundações no Quênia, Somália e Etiópia, enquanto a região tentava se recuperar da seca mais grave nos últimos 40 anos, que deixou milhões de pessoas em situação de fome. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) afirmou em março que o atual fenômeno El Niño era um dos cinco mais potentes já registrados.

*Com informações da AFP

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