Rússia afirma ter atingido defesas aéreas da Ucrânia antes de ofensiva no leste

Ação visa destruir armas que Kiev descreve como cruciais para nova fase do combate

  • Por Jovem Pan
  • 11/04/2022 12h43 - Atualizado em 11/04/2022 13h09
(Photo by Anatolii Stepanov / AFP) militares ucranianos - ucrânia Militares ucranianos em posição na linha de frente com separatistas apoiados pela Rússia perto da cidade de Schastia, no leste do país

A Rússia alegou que destruiu vários sistemas de defesa aérea na Ucrânia no último final de semana. Em um ataque anunciado nesta segunda-feira, 11, Moscou disse que atingiu quatro lançadores S-300 fornecidos por um país europeu que não nomeou. A Eslováquia deu à Ucrânia exatamente esse sistema na semana passada, mas negou que tenha sido destruído. A Rússia relatou anteriormente dois ataques a sistemas semelhantes em outros lugares. A ação russa visa destruir armas que Kiev descreve como cruciais para o combate, na esperada nova ofensiva no leste ucraniano.

Nas redes sociais, o ministro das relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, comentou as novas investidas da Rússia nas armas de defesa. “A Rússia sabe que o fornecimento de armas é essencial para a Ucrânia e mobiliza todos os esforços para miná-los”, declarou em uma publicação no Twitter. Além disso, o chanceler falou que o Kremlin ainda atua numa frente de guerra de comunicação, tentando disparar fake news sobre o contexto vivido no Leste Europeu: “Moscou preparou uma campanha de informação massiva visando a mídia e os políticos estrangeiros. Sua fábrica de trolls pode enviar e-mails de spam e inundar comentários com desinformação sobre a Ucrânia. Não caia nessa”.

As tropas de Vladimir Putin estão se reagrupando há dias para uma nova investida na região de Donbass, onde separatistas apoiados por Moscou lutam contra as forças ucranianas desde 2014 e se declararam estados independentes. Organismos internacionais preveem ainda um intenso ataque à cidade portuária de Mariupol, no sudeste. O porto da região é estratégico para a Rússia por facilitar o acesso à Crimeia, anexada em 2014, e também ao Mar de Azov. Em diversas outras frentes, a invasão russa foi parada desde que Putin decidiu retirar seu exército da região da capital Kiev.

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