Rússia e Arábia Saudita anunciam corte na produção de barris de petróleo

O corte foi de 2,5 milhões de barris por dia. A proposta foi acordada nesta quinta-feira (9) por todos os países da aliança Opep+, com exceção do México

  • Por Jovem Pan
  • 09/04/2020 19h42 - Atualizado em 10/04/2020 08h36
Larry W. Smith/EFE Extração do petróleo Levantamento da Lingo mapeou os pontos de exploração de petróleo localizados em áreas de preservação e proteção ambiental

A Rússia e a Arábia Saudita vão reduzir a produção de petróleo em 2,5 milhões de barris por dia (mbd), cada uma, de acordo com o projeto que está sendo debatido pelos ministros da aliança Opep+ e outros produtores.

Com isso, em maio e junho, a produção de cada um desses dois grandes produtores será de 8,5 milhões de barris por dia, informou nesta quinta-feira (9), a agência estatal de notícias russa Tass.

Segundo a minuta do acordo, os países da aliança Opep+ (Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados) limitarão a produção em 10 milhões de barris por dia, de 43,8 mbd para 33,8 mbd. Para cada país participante do corte, a produção deve diminuir em 23%.

O pacto prevê que o Iraque reduzirá as extrações em 1 milhão de barris por dia; os Emirados Árabes Unidos, em 700 mil bd; a Nigéria, em 420 mil bd, e o México, em 400 mil bd.

O objetivo é manter o fornecimento limitado por dois anos, embora com pequenos aumentos escalonados: de 1º de julho até 31 de dezembro, o corte de 10 mbd será reduzido a 8 mbd, e entre janeiro de 2021 e abril de 2022, a 6 mbd.

Venezuela, Irã e Líbia, parceiros da Opep, continuarão fora do compromisso de limitar as extrações devido às quedas involuntárias em suas atividades petrolíferas por vários motivos.

Mais de dez horas após a abertura da teleconferência dos ministros do petróleo do grupo de produtores, que ocorreu nesta quinta, a proposta havia sido acordada por todos os países, com exceção do México.

Após uma pausa para deliberações, a reunião foi retomada com o México, disseram fontes de uma delegação que participou das negociações.

*Com informações da EFE

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