Rússia e Ucrânia assinam acordo para liberação de grãos e evitar escassez alimentar mundial

Representantes dos dois países se reuniram nesta sexta-feira, 22, em Istambul; cerca de 20 milhões de toneladas de commodities estão bloqueadas desde o começo da guerra

  • Por Jovem Pan
  • 22/07/2022 11h56 - Atualizado em 22/07/2022 12h00
OZAN KOSE / AFP exportação de grãos ucrania Representantes da Rússia e Ucrânia se encontraram em Istambul e assinaram acordo para exportação de grãos

Rússia e Ucrânia assinaram nesta sexta-feira, 22, um acordo para liberação de grãos parados nos portos ucranianos desde que a guerra começou em 24 de fevereiro. Kiev e Moscou assinaram dois textos idênticos, mas separados, sobre a exportação de grãos e produtos agrícolas através do Mar Negro, conforme solicitado pelo governo ucraniano, que se recusou a assinar qualquer documento diretamente com os russos. O encontro foi realizado no Palácio Dolmabahçe, às margens do Bósforo, em Istambul, na presença do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, dos ministros da Defesa turco e russo e do ministro da Ucrânia para a Infraestrutura. 

O acordo, negociado desde abril sob a liderança de Guterres, que chegou a Istambul na quinta-feira, aliviará a carga sobre os países dependentes dos mercados russo e ucraniano, que respondem por 30% do comércio mundial de trigo. Sob os termos do acordo, serão criados “corredores seguros” que permitirão o movimento de navios mercantes no Mar Negro que “ambas as partes concordaram em não atacar”, disse um funcionário da ONU que pediu anonimato. As discussões entre as quatro estava sendo realizado deste o dia 13 de julho e tinha como objetivo central estabelecer corredores seguros no Mar Negro, de acordo com uma autoridade turca. A Ucrânia é um dos maiores exportadores mundiais de trigo e outros cereais. Cerca de 20 milhões de toneladas de grãos estão atualmente bloqueadas nos portos da região de Odessa pela presença de navios de guerra russos e minas, colocadas por Kiev, para defender sua costa.

*Com informações da AFP

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