Rússia foca em Severodonetsk e aperta cerco no último reduto ucraniano em Luhansk
Governador da região diz que está difícil retirar os civis e receber ajuda humanitária; 60% dos prédios residenciais estão danificados
Após não conseguir controlar a região de Kiev, capital da Ucrânia, e de Kharkiv, segunda maior cidade do país, as tropas russas concentram seus esforços para conquistar completamente Donbass. Após assumir o controle da cidade de Lyman, a Rússia agora foca em Severodonetsk, cidade-chave para os seus objetivos e último reduto ucraniano em Luhansk. Nesta segunda-feira, 30, o governador da região informou que as tropas de Vladimir Putin intensificaram os bombardeios, que há uma semana estão acontecendo. “Os russos avançam para o meio de Severodonetsk. Os combates continuam, a situação é muito difícil”, afirmou Sergiy Gaidai no Telegram.
No último ataque registrado, duas pessoas ficaram feridas quando o veículo em que estavam foi tomado como alvo, mas indicou que ambos estão em situação segura no momento. Três médicos são considerados desaparecidos. Gaidai também falou sobre a dificuldade de para retirar civis e a entrada de transporte de ajuda humanitária, já que a rodovia que liga Severodonetsk a Lyssychansk é muito perigosa. A cidade está devastada. Segundo Gaidai “60% dos prédios residenciais não podem passar por reparos”. No domingo, em um comunicado, o presidente Volodymyr Zelensky já tinha comentado sobre a situação da cidade.
Severodonetsk, último grande reduto dos ucranianos na região de Luhansky, possuía cem mil habitantes antes da guerra e desde 2014, quando os russos anexaram a Crimeia. Ela e Lyssytchank, que também sofre com as ofensivas russas, ficam a mais de 80 quilômetros ao leste de Kramatorsk, que virou o centro administrativo do Donbass ucraniano. Em entrevista a um canal francês, o chanceler russo, Sergei Lavrov, informou que “a região de Donbass é prioridade incondicional de mosco”.
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