Rússia para bombardeio em Mariupol e exige que Ucrânia retire todos os civis da cidade
Anuncio foi feito pelo diretor do Centro de Controle de Defesa Nacional russo nesta segunda-feira; região é um dos maiores alvos da guerra neste momento
O diretor do Centro de Controle de Defesa Nacional da Rússia, Mikhail Mizintsev, anunciou nesta segunda-feira, 25, um cessar-fogo para que sejam evacuados os civis que estão na siderúrgica de Azovstal, em Mariupol, na Ucrânia. De acordo com comunicado assinado pelo coronel-general e veiculado no Telegram, o pacto voltado para a situação na instalação, localizada na cidade do sudeste ucraniano, entrou em vigor às 8h de Brasília. As unidades das Forças Armadas russas e da república popular de Donetsk interromperão as ações de combate, se retirarão para uma distância razoável e permitirão a saída de civis “na direção que eles escolherem”, apontou Mizintsev.
“A Federação Russa declara pública e oficialmente que não há nenhum obstáculo para que os civis saíam de Azovstal, salvo por decisão das próprias autoridades de Kiev e dos comandantes das formações nacionalistas de reter civis como estudo humano”, apontou a liderança militar russa. Mizintsev indicou ainda que, na área da siderúrgica, se ficar comprovada a presença de civis, a Rússia exige que as autoridades ucranianas, imediatamente, ordenem os comandantes das formações nacionalistas para que os retirem da localidade. “Se os civis ainda estiverem na usina metalúrgica, exigimos categoricamente que as autoridades de Kiev emitam imediatamente uma ordem apropriada aos comandantes das formações nacionalistas para liberá-los”, completou Mizintsev.
O comunicado do diretor do Centro de Controle de Defesa Nacional da Rússia aponta que o anúncio do acordo de cessar-fogo para permitir a evacuação será lido a cada 30 minutos por alto-falantes, para que possa ser escutado no interior da fábrica de Azovstal. “A disposição da parte ucraniana a começar a operação humanitária deve ser confirmada com a exibição de bandeiras brancas no perímetro ou, em pelo menos, alguns setores de Azovstal”, detalhou Mizintsev.
*Com informações da EFE
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