Rússia diz ter bombardeado alvo perto de Kiev e promete novos disparos nesta sexta
Ataque foi realizado em resposta às ofensivas da Ucrânia no dia anterior; mísseis provocaram as explosões mais significativas na região após a retirada das tropas russas no início do mês
O Ministério da Defesa da Rússia disse nesta sexta-feira, 15, que atingiu um alvo militar nos arredores de Kiev, capital da Ucrânia, durante a noite com mísseis de cruzeiro e prometeu mais ataques contra a cidade em resposta aos ataques ucranianos a alvos russos realizados na última quinta. Um navio de guerra russo afundou após ser bombardeado. A Ucrânia afirmou ser a responsável pelo ataque. O Kremlin ainda acusou Kiev de realizar ataques em cidades de fronteira no leste. As tropas russas haviam se retirado de Kiev há semanas, após uma reunião diplomática, e estavam se agrupando no leste, preparando uma nova ofensiva.
Segundo um comunicado do Ministério da Defesa da Rússia, os ataques noturnos com mísseis em Kiev atingiram a fábrica ‘Vizar’, nos limites da capital ucraniana. Explosões poderosas foram ouvidas em Kiev na sexta-feira, o que parecia estar entre as mais significativas desde que as tropas russas se retiraram da área no início deste mês, em preparação para batalhas no sul e no leste. As explosões foram ouvidas depois que o Ministério da Defesa russo anunciou que o Moskva, o navio carro-chefe da Frota do Mar Negro da Rússia, havia afundado enquanto era rebocado após ter sido gravemente danificado. A Ucrânia alegou que os danos do Moskva foram o resultado de um de seus ataques com mísseis. O Ministério da Defesa da Rússia falou apenas de um incêndio e de munição explosiva.
O ministério disse ainda que suas forças também assumiram o controle total da Usina de Aço Ilyich na cidade portuária sitiada de Mariupol, que está cercada por tropas russas há semanas e é um dos maiores objetivos de guerra do Kremlin. Mariupol permite acesso estratégico ao Mar Negro e à Crimeia, que foi anexada pela Rússia em 2014, além de estar localizada muito próxima das regiões separatistas pró-Rússia do leste, no Donbass.
*Com informações da Reuters
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