Saiba o que deve acontecer nos EUA e no mundo caso Donald Trump vença as eleições
Republicano concorre às eleições pela terceira vez e tenta voltar à Casa Branca após ser derrotado por Joe Biden em 2021
Presidente dos Estados Unidos entre 2017 e 2021, o magnata Donald Trump concorre às eleições pela terceira vez e tenta voltar à Casa Branca, depois de ser derrotado em 2020 por Joe Biden. Neste ano, ele tem como adversária a vice-presidente norte-americana, Kamala Harris, do Partido Democrata, com quem aparece tecnicamente empatado. As eleições acontecem nesta terça-feira (5). Alvo de investigações no último ano, Trump, que promete “fazer a América grande novamente’ e reviver o ‘sonho americano’, se tornou o primeiro ex-presidente norte-americano a ser condenado. Foi considerado culpado de fraude e abuso sexual. Mesmo em meio aos problemas com a Justiça, cresceu nas pesquisas e chegou a liderar as intenções de votos. Também ganhou destaque após o atentado que sofreu em julho durante um comício em Butler, no estado da Pensilvânia. Ele ficou ferido na orelha direita, ao ser alvejado por tiros disparados por um homem que estava em um telhado. Em setembro, o bilionário voltou a ser alvo de outra tentativa de assassinato em seu campo de golfe na Flórida.
Mas na reta final, empatou com a adversária. Dono de um império dos EUA, Trump se formou na Universidade da Pensilvânia e assumiu os negócios da família em 1971. Hoje, tem um patrimônio avaliado em mais de US$ 5,5 bilhões, segundo uma estimativa da revista Forbes. Aos 78 anos, ele emergiu de um verão de erros e de uma guinada para a retórica autoritária, com melhores chances de garantir um segundo mandato na Casa Branca do que em qualquer momento desde a tentativa de assassinato em julho em um campo de golfe na Pensilvânia. Sendo o mais velho candidato presidencial de um grande partido a concorrer ao pleito, está em liberdade sob fiança em dois processos criminais que podem significar que ele cumprirá seus dias de prisão e, em teoria, deverá ser condenado em um terceiro logo após a eleição. Embora opositores achem que o discurso anti-político e de homem do povo de Trump não agrada, é uma rotina que tem rendido bons frutos.
O magnata possui um instinto de vendedor para a auto-publicidade, aperfeiçoado em seus dias de impetuoso empreendedor na Nova York dos anos 1980. Os melhores momentos de sua campanha têm sido eventos virais que jogam com o seu apelo de homem comum, como sua foto fingindo trabalhar em um McDonald’s, suas aparições frequentes em grandes eventos esportivos e o seu comício no Madison Square Garden. Em seu primeiro mandato, terminou com 34% de aprovação, segundo a pesquisa Gallup, na época. O menor patamar desde que assumiu a Casa Branca em janeiro de 2017. O número também era o mais baixo entre os antecessores desde 1938, e foi o único que não conseguiu atingir 50% de aprovação em qualquer momento da presidência. Seu maior pico foi em 2020, durante a pandemia de Covid-19. Durante seus anos na presidência, também foi alvo de pedidos de impeachment.
Propostas de Trump
Para chegar à Casa Branca, Trump apostou na imigração e economia em sua campanha, dois temas que ganharam forças nos Estados Unidos nos últimos anos e que foi alguns dos pontos fracos do governo de Joe Biden. Ele promete cortar os impostos e aumentar as tarifas sobre importação, além de pretender realizar deportação em massa de imigrante irregulares que vivem nos Estados Unido.
Economia
O corte de impostos foi um dos principais temas trabalhado por Trump durante seu primeiro mandato. Caso retorne à Casa Branca, ele quer intensificar ainda mais esse projeto, com cortes ainda maiores. Também está no planejamento:
- Amentas tarifas de produtos importados: Chineses em 60% e outro em 20%;
- Acabar com o imposto de renda sobre gorjetas, horas extras e benefícios da Previdência Social;
- Reduzir imposto corporativo em 6%;
- Reduzir taxas para cidadãos que moram no exterior.
Imigração
Um dos principais pontos das propostas do republicano, o combate a imigração ilegal ficará ainda mais intenso. Trump pretende fechar as fronteiras com o México, revogar o direito de cidadania por nascimento por filhos de imigrantes sem documentação e retirar a naturalização de imigrantes classificados como criminosos e terrorista. Ele também quer restabelecer a Title 42, uma lei criada em 1994 que permite deportar e recusar asilo em caso de risco à saúde pública.
- Proibir entrada de imigrantes por questões humanitárias;
- Asilo para universitários com bom desempenho;
- Proibir entrada de turistas de países com maioria muçulmana;
- Usar força militar contra cartéis mexicanos.
Saúde e Armas
Como nova tentativa de acabar com Affordable Care Act – lei federal assinada pelo ex-presidente Barack Obama, que regula o preço dos planos de saúde no país, Trump que criar um novo programa para substituí-los. Também planeja acabar com o financiamento para escolas que são a favor da vacinação. Defensor das armas, Trump promete impedir novas restrições para o porte e posse de armas, e “reverterá todos os ataques e Joe Biden à 2ª Emenda Constitucional”, legislação de 1791 que permite ter armas para legítima defesa.
Meio Ambiente
Desde o primeiro mandato, Trump sempre foi contra as questões ligadas a políticas ambientais. Foram mais de 100 regulamentações ambientais revogadas. O posicionamento para esse governo, não muda. Na sua segunda vez na Casa Branca, ele quer aumentas a perfuração de petróleo em terra públicas, retirar o país do Acordo de Paris, medida que fez em seu primeiro mandato e proibir produção e venda de veículos elétricos nos EUA.
- Revogar a Inflation Redution ACT;
- Conceder licenças para instalações de exportação de gás natural;
- Construir rodovias.
Politica Externa
Com o mundo mais inseguro e vivendo duas guerras – Ucrânia x Rússia e Israel x Hamas – Trump disse que será capaz de acabar com os conflitos quando chegar ao poder. Em crítica a Biden, disse que nenhuma delas teria acontecido se ele estivesse no poder. Sobre esses assuntos, ele pretende acabar com auxílio militar para Volodymyr Zelensky e manter o apoio a Israel.
- Aumentar meta e gastos militares entre países da Otan;
- Retomar novo acordo nuclear com Irã.
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