Secretário da Otan vê desmobilização de tropas da Rússia com ‘cauteloso otimismo’

Jess Stoltenberg disse ver sinais de que Moscou ainda está disposta a resolver a situação por vias diplomáticas, mas pede a retirada de tropas e equipamentos

  • Por Jovem Pan
  • 15/02/2022 12h16
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EFE/EPA/STEPHANIE LECOCQ - 15/02/2022 Secretário Otan Secretário da Otan afirmou que a ajuda à Ucrânia será intensificada

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jess Stoltenberg, falou sobre a desmobilização de tropas da Rússia na fronteira com a Ucrânia e disse ver a situação com um “cauteloso otimismo”. A fala de Stoltenberg foi dita nesta terça-feira, 15, e o secretário apontou indícios de que a situação será resolvida por vias diplomáticas. “Há sinais vindos de Moscou de que a diplomacia deve continuar. Isso dá motivos para um cauteloso otimismo. Mas, até o momento, não vimos nenhum sinal de desescalada no território”, apontou o secretário.  O líder do grupo também afirmou que a força de combate mantida pelos russos é “sem precedentes desde a Guerra Fria” e disse que o país “está agora preparado para um novo ataque”. Entretanto, Stoltenberg disse que Moscou ainda pode recuar e “começar a trabalhar por uma solução pacífica”. “O que precisamos ver é uma retirada significativa e duradoura, não apenas de tropas, mas também de equipamentos pesados”, continuou o secretário.

Nesta terça, a Rússia começou a retirada de unidades militares próximas à fronteira com a Ucrânia enquanto a Duma, equivalente à Câmara dos Deputados, aprovou o pedido para que Vladimir Putin reconheça a independência das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luganks. Mais cedo, Sergey Lavrov, ministro das Relações Exteriores, garantiu que a desmobilização não aconteceu por conta da “histeria” do Ocidente. Stoltenberg afirmou que a Otan segue aberta para dialogar com a Rússia e convidou lideranças do país para reuniões, além de enviar “propostas concretas para uma agenda substancial”, incluindo assuntos como controle de armas, redução de riscos e transparência.

*Com informações da EFE

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