Secretário de Estado dos EUA afirma que reunirá coalizão para que Irã atue como ‘país normal’
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou neste domingo (13) em Doha que vai reunir na conferência ministerial que a Polônia organizará em fevereiro uma “enorme coalizão” de Estados para persuadir o Irã para que “se comporte como um país normal”.
Pompeo afirmou que na reunião, que será realizada em Varsóvia entre 13 e 14 de fevereiro, participarão países da África, Ásia, Europa, Oriente Médio e “de todo o mundo” e terá como principal objetivo fomentar “a estabilidade e a paz no Oriente Médio”.
“Também abordaremos como podemos conseguir que a República Islâmica do Irã se comporte como um país normal”, disse Pompeo em entrevista coletiva em Doha, onde realiza uma visita parte de sua excursão por nove países árabes do Oriente Médio.
O secretário de Estado afirmou que espera que a reunião de Varsóvia também fale sobre o contraterrorismo e trate de contribuir para “a estabilidade e a paz no Oriente Médio”.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã convocou hoje o encarregado de negócios da Polônia em Teerã para expressar protesto pela conferência.
Segundo um comunicado, o ministério mostrou sua rejeição à cooperação da Polônia com os Estados Unidos na organização desta reunião, que Teerã considera “anti-iraniana”.
“É um movimento hostil dos EUA contra a República Islâmica e espera-se que a Polônia se abstenha de colaborar com os EUA na realização de uma conferência deste tipo”, acrescentou a nota.
O encarregado de negócios polonês, Wojciech Unolt, explicou que a cúpula não é contra o Irã e que a postura oficial da Polônia é diferente da expressada recentemente por responsáveis americanos, segundo o comunicado.
O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, anunciou há dois dias a realização da reunião, que tem o objetivo de “promover um futuro de paz e segurança no Oriente Médio”.
Após o anúncio, o ministro iraniano de Relações Exteriores, Mohamad Yavad Zarif, tachou a reunião de “um desesperado circo anti-iraniano” e garantiu que “o Irã é mais forte do que nunca”.
*Com Agência EFE
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