Senador dos EUA renuncia após acusações de assédio

  • Por EFE
  • 03/01/2018 08h25
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Divulgação/Força Aérea EUA Os Estados Unidos estão imersos em uma onda de denúncias de assédio sexual

O político democrata Al Franken apresentou nesta terça-feira (2) seu pedido de renúncia com efeito imediato como senador dos Estados Unidos pelo estado de Minnesota depois que oito mulheres o acusaram nos últimos meses de assédio sexual, o que levou o agora ex-congressista a anunciar no fim do ano passado sua intenção de deixar o cargo.

“Escrevo para renunciar à minha cadeira de senador pelo estado de Minnesota (…). Agradeço ao povo de Minnesota por ter me dado oportunidade de servir ao estado e à nação”, escreveu Franken em uma carta dirigida ao governador de seu estado, Mark Dayton, que foi divulgada pelo jornal “Minneapolis Star Tribune”.

Franken, que pediu desculpas por qualquer ofensa na época em que foram reveladas as acusações e se colocou à disposição do Comitê de Ética do Senado para ser investigado, foi um dos senadores democratas mais populares e seu nome chegou inclusive a ser cogitado como um dos possíveis candidatos à presidência nas eleições de 2020.

Franken, de 66 anos e senador desde 2009, foi acusado de beijar e tocar mulheres sem o consentimento das mesmas em episódios ocorridos entre 2003 e 2010.

Os Estados Unidos estão imersos em uma onda de denúncias de assédio sexual, que começaram com o escândalo em Hollywood envolvendo o produtor Harvey Weinstein e que se estendeu sobre a esfera política, como no caso de Franken, e privada, com movimentos como o #MeToo (“Eu também”, em tradução livre), para pôr fim ao silêncio sobre os abusos sexuais.

Além de Franken, alguns integrantes do Congresso renunciaram a seus cargos ou anunciaram que não serão candidatos novamente, após a revelação de vários escândalos de assédio sexual, como os democratas John Conyers e Ruben Kihuen, e os republicanos Trent Franks e Blake Farenthold.

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