Shell deixará participação em joint venture com russa Gazprom

Empresa tinha cerca de US$ 3 bilhões em ativos não circulantes em três empreendimentos

  • Por Jovem Pan
  • 28/02/2022 18h27 - Atualizado em 28/02/2022 18h30
HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO Shell Shell se junta a mais duas empresas e retira sua participação em joint venture com russa Gazprom

O Conselho de Administração da Shell anunciou que vai deixar sua participação em joint venture com a russa Gazprom. O anúncio foi feio nesta segunda-feira, 28. Com essa decisão, ela se junta a outras empresas a petrolífera BP e Equinoar, e países que estão impondo medidas contra a Rússia devido à invasão à Ucrânia que aconteceu na quinta-feira, 24. “Não podemos ficar parados. Nosso foco imediato é a segurança de nosso povo na Ucrânia e apoiar nosso povo na Rússia”, disse a Shell por meio de um comunicado.

A empresa ainda informou que vai trabalhar com as implicações comerciais detalhadas e em conformidade com as sanções, isso inclui a importância do fornecimento seguro de energia para a Europa e outros mercados. A Shell deve vender sua participação de 27,5% no projeto Sakhalin II, instalação de gás natural liquefeito, sua fatia de 50% na Salym Petroleum Development, além de uma outra participação de 50% no empreendimento Gydan, na Sibéria. O Conselho de Administração também informou que tem interesse em retirar a participação do gasoduto Nord Stream 2.

Até o final de 2021, a Shell tinha cerca de US$ 3 bilhões em ativos não circulantes nos três empreendimentos da Gazprom. “Esperamos que a decisão de iniciar o processo de saída de joint ventures com a Gazprom e entidades relacionadas afete o valor contábil dos ativos da Shell na Rússia e a leve prejuízo”, diz o texto do comunicado. Pela manhã, a empresa norueguesa de energia Equinor já havia informado que iria interromper os novos investimentos na Rússia e que começaria o processo de saída de suas joint ventures russas. Ambas as empresas se juntam a BP que no domingo já tinha se informado que vai retirar sua participação de quase 20% na petrolífera russa Rosneft.

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