Suécia considera abrir caso de estupro contra Assange
Após perder seu direito à cidadania equatoriana, Julian Assange, fundador do Wikileaks, foi preso pela polícia britânica na embaixada do Equador em Londres, onde estava asilado há sete anos. Os Estados Unidos indicaram que vão pedir sua extradição. Já a Suécia disse que pode reabrir o caso de estupro contra ele.
Em maio de 2017, o país nórdico encerrou sua investigação sobre Assange, aberta sete anos antes, por não poder dar continuidade ao processo de apuração.
A Procuradoria sueca informou, em comunicado, que essa investigação preliminar pode ser retomada antes de os crimes prescreverem, em agosto de 2020.
Os outros três crimes sexuais dos quais Assange é acusado por duas mulheres após sua estadia na Suécia, em agosto de 2010, já prescreveram há anos.
“Não podemos tomar uma postura sobre as informações que surgiram. Também não sabemos por que ele foi detido. Acompanhamos os eventos”, disse na nota a procuradora-chefe, Ingrid Isgren.
A advogada de uma das denunciantes de Assange, Elisabeth Massi Fritz, afirmou a veículos de imprensa suecos que fará “todo o possível” para que a investigação seja reaberta e ele seja extraditado.
Já o advogado de Assange na Suécia, Per E. Samuelson, disse que uma reabertura do caso seria “improvável” e uma “vergonha” para o sistema judiciário sueco.
A Procuradoria da Suécia emitiu em novembro de 2010 uma ordem de prisão europeia contra Assange, que foi detido um mês depois em Londres, e a partir daí começou um processo judicial que culminou em junho de 2012, quando o Supremo reafirmou a extradição à Suécia e o jornalista se refugiou na embaixada equatoriana.
O processo na Suécia contra Assange, que se declara inocente e não foi formalmente acusado de nada, foi cercado de polêmica sobre a solidez das denúncias e os motivos das denunciantes, vazamentos na imprensa, substituições de procuradores e a reabertura de um caso que tinha sido inicialmente reduzido a crime menor.
*Com EFE
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