Suécia anuncia reabertura de colégios em junho; universidade devem voltar até dezembro

Até o momento, o país registra 35.727 casos de Covid-19 e 4.266 mortes

  • Por Jovem Pan
  • 29/05/2020 13h32
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EFE/EPA/Claudio Bresciani Johan Carlson, diretor da Agência de Saúde Pública da Suécia

Os colégios na Suécia reabrirão no dia 15 de junho, já as universidades retomarão as atividades normais no outono (entre setembro e dezembro no Hemisfério Norte), após permanecerem de portas fechadas desde meados de março por causa da pandemia de Covid-19, anunciou nesta sexta-feira (29) o primeiro-ministro sueco, Stefan Löfven.

A decisão segue as recomendações da Agência de Saúde Pública, que se baseou em diversos estudos que mostram que o contágio é baixo nas instituições de ensino.

“Tomando isto como base, consideramos que não podemos mais continuar justificando a recomendação de manter o ensino a distância nas instituições”, afirmou em entrevista coletiva conjunta o diretor da agência, Johan Carlson.

A Suécia adotou desde o começo uma estratégia mais suave que a maioria dos países europeus, com muitas recomendações genéricas destacando a responsabilidade individual para proteger os grupos de risco, enquanto restrições à vida pública eram introduzidas.

Colégios e universidades foram fechados, mas creches e restaurantes continuaram abertos. Também foram proibidas visitas a asilos de idosos e encontros com mais de 50 pessoas.

A Suécia registra até o momento 35.727 casos de Covid-19 e 4.266 mortes, com uma taxa de 41,9 mortes por 100 mil habitantes, muito superior às dos demais vizinhos nórdicos, mas abaixo dos países mais afetados, como Bélgica, Espanha, Reuni Unido e Itália, segundo dados coletados pela universidade americana Johns Hopkins.

A curva de contágios e mortes tem caído de forma lenta desde o início de abril, e a taxa de reprodução do novo coronavírus se mantém abaixo de 1.

Medida pode ser retirada

A alta mortalidade rendeu críticas à estratégia sueca, principalmente fora do país, mas as autoridades mantiveram o plano, embora tenham admitido o fracasso na proteção de idosos, mais de dois terços do total de mortos.

“Fazemos isto para facilitar a vida das pessoas em situação difícil, mas seguimos recomendações e regras. A atividade deve ser reativada de forma que não aumente o número de contágios de novo”, disse Löfven sobre a reabertura de colégios e universidades.

Löfven advertiu que, se não forem cumpridas as recomendações de saúde em relação a higiene e distanciamento social, o governo não hesitará em adotar medidas restritivas novamente.

O Parlamento sueco aprovou em meados de abril uma lei temporária de urgência que permite que o governo feche portos, aeroportos, estações de trem, centros comerciais e restaurantes, além de redistribuir materiais e remédios sem o aval parlamentar. No entanto, a norma, que vigora até junho, ainda não foi colocada em prática.

*Com informações da EFE

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