Suprema Corte permite que famílias de vítimas de massacre em escola nos EUA processem fabricante de armas
A Suprema Corte de Connecticut, nos Estados Unidos, decidiu que as famílias da vítima do massacre na escola primária de Sandy Hook, em 2012, podem processar a fabricante de armas Remington Arms.
O processo contra a empresa foi aberto por familiares de cinco das 26 vítimas do massacre. Eles alegam que a companhia fez propagandas do rifle AR-15 direcionadas para jovens e, por isso, violaram a lei. A Remington Arms é a fabricante da arma utilizada por Adam Lanza, que na época tinha 20 anos, na chacina.
Em 2016, o processo tinha suspenso após a decisão de um juiz em Bridgeport com base em uma lei de 2005 que diz que fabricantes de armas não podem ser responsabilizados quando seus produtos são usados em crimes. A Suprema Corte de Connecticut, no entanto, entende que as famílias que abriram o processo devem ter a chance de provar que a Remington Arms violou a lei.
“O objetivo das famílias sempre foi mostrar como a estratégia calculada da Remington de expandir o mercado do AR-15 focando em usuários de alto risco, tudo isso às custas da segurança dos americanos”, disse Joshua Koskoff, representante das famílias das vítimas.
Em nota, a Associação Nacional de Rifles (NRA) afirmou que o processo, se bem sucedido, vai expor a indústria das armas a “processos predatórios com motivações políticas” e comprometer a capacidade de operação de produtores e vendedores de armas.
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