Taiwan relata 59 incursões de aviões chineses na ilha em 24 horas

Segundo agência de notícias que cita o Ministério da Defesa do país, as aeronaves cruzaram a fronteira não oficial tacitamente respeitada por Taipei e Pequim

  • Por Jovem Pan
  • 10/04/2023 05h46 - Atualizado em 10/04/2023 05h50
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EFE/RITCHIE B. TONGO Aviões de combate Mirage 2000 da Força Aérea de Taiwán sobrevoaram o céu sobre a base aérea de Hsinchu, Taiwan, neste domingo, 9, após a China anunciar três dias de exercícios militares no país Aviões de combate Mirage 2000 da Força Aérea de Taiwán sobrevoaram o céu sobre a base aérea de Hsinchu, Taiwan, neste domingo, 9, após a China anunciar três dias de exercícios militares no país

Um total de 59 aeronaves e 11 navios militares chineses realizaram incursões na manhã desta segunda-feira, 10, em áreas próximas a Taiwan durante exercícios militares chineses, informa a agência oficial de notícias de Taiwan, CNA. O grupo cita o Ministério da Defesa do país e acrescenta que 39 aeronaves chinesas cruzaram a linha mediana do Estreito de Taiwan, que é, na prática, uma fronteira não oficial tacitamente respeitada por Taipei e Pequim nas últimas décadas. Anteriormente, a China havia anunciado que faria três dias de exercícios militares na ilha, o que ocorre em resposta à recente reunião entre a presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, e o líder da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy. Os exercícios devem ser encerrados nesta segunda-feira, 10, mas ainda há o risco de que munição letal seja utilizada nas atividades durante o dia.

As manobras chinesas têm o objetivo de demonstrar a capacidade do país para “tomar o controle do mar, o espaço aéreo e da informação para criar uma dissuasão e um cerco total de Taiwan”, destacou o canal estatal chinês CCTV no último sábado, 8. A China considera a ilha de Taiwan, que possui 23 milhões de habitantes, uma de suas províncias que ainda não conseguiu reunificar com o restante do território desde o fim da guerra civil, em 1949. O governo dos Estados Unidos reconheceu a República Popular da China em 1979 e, em tese, não deveria ter nenhum contato oficial com Taiwan com base no princípio de “uma só China” defendido por Pequim. No sábado, 8, Washington reiterou o apelo para que “status quo não mude” na ilha. “Estamos confiantes em que contamos com recursos e capacidade suficientes na região para garantir a paz e a estabilidade”, afirmou o Departamento de Estado.

*Com informações da EFE e da AFP

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