Terrorismo digital do Hamas apavora familiares de reféns em Israel

Extremistas invadem as contas pessoais dos sequestrados e interagem em grupos do Facebook, contas do Instagram e no WhatsApp

  • Por da Redação
  • 24/10/2023 14h51
EDUARDO MUNOZ;EFE/EPA Pessoas agitam bandeiras israelenses e seguram cartazes com reféns do Hamas durante um protesto em frente à sede da ONU Pessoas agitam bandeiras israelenses e seguram cartazes com reféns do Hamas durante um protesto em frente à sede da ONU

O grupo extremista Hamas tem adotado uma nova tática de guerrilha, investindo no terrorismo digital como forma de atacar os israelenses. Recentemente, membros da organização invadiram as contas de reféns nas redes sociais, transmitindo ao vivo a crueldade com que trataram as vítimas. Essa estratégia tem causado choque e terror entre amigos e familiares das pessoas sequestradas. Um dos casos mais chocantes ocorreu em 7 de outubro, quando membros do Hamas invadiram a conta de Gali Shlezinger Idan, que vivia em um kibutz próximo à fronteira da Faixa de Gaza. Amigos e parentes da vítima receberam mensagens insistentes pedindo que checassem sua página no Facebook. Ao acessarem o perfil, foram surpreendidos ao verem membros do Hamas exibindo ao vivo a família como refém, obrigada a permanecer ajoelhada no chão enquanto a casa era abalada por mísseis e disparos.

Essa nova estratégia do Hamas tem causado um impacto psicológico ainda maior nas vítimas e seus entes queridos. Os terroristas não apenas invadem as contas pessoais dos reféns, mas também interagem em grupos do Facebook, contas do Instagram e no WhatsApp, fazendo ameaças de morte e provocando familiares e amigos através dos celulares das vítimas. O Exército israelense estima que pelo menos 220 pessoas estejam em poder do Hamas. Essa nova tática de invadir as contas pessoais nas redes sociais transforma essas plataformas em armas, causando um impacto psicológico devastador. As redes sociais se tornaram o canal vital para buscar pistas sobre os desaparecidos, mas agora também se tornaram fonte de terror.

As páginas invadidas foram tornadas privadas e os vídeos acabaram removidos, mas o Hamas não respondeu aos pedidos de esclarecimento. A Meta, empresa responsável pelo Facebook, Instagram e WhatsApp, se recusou a comentar sobre essa tendência, mas afirmou ter criado um centro de operações especiais para monitorar e reagir rapidamente a essas situações.

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