Tribunal dos EUA nega liberdade para grávida que pediu para ser solta em nome do feto

Prisioneira é acusada de matar uma mulher enquanto ambas estavam em um carro de aplicativo

  • Por Jovem Pan
  • 28/02/2023 21h08
Pexels Bandeira dos Estados Unidos Caso envolvendo grávida presa ocorre na Flórida, nos Estados Unidos

Um tribunal da Flórida, nos Estados Unidos, negou o pedido de uma prisioneira grávida, acusada de assassinato, que solicitou para ser libertada sob a alegação de que o feto estava sendo detido ilegalmente sem acusações. A informação foi divulgada por uma mídia local nesta terça-feira, 28. “Entre outras coisas, não acreditamos que possamos determinar adequadamente se o nascituro tem legitimidade para apresentar a petição em questão, dada a insuficiência dos registros neste assunto”, escreveu em sua decisão o juiz Thomas Logue, do Tribunal de Apelações do Terceiro Distrito da Flórida. O advogado William Norris apresentou uma petição na semana passada para a libertação do feto de Natalia Harrell, de 24 anos, presa acusada de matar uma mulher enquanto ambas estavam em um carro de aplicativo. De acordo com a ação movida por Norris, “o nascituro não foi acusado de nenhum crime pelo promotor” e, portanto, está “preso ilegalmente”. O pedido de liberdade veio por meio de um “habeas corpus”, que exige que qualquer detido seja levado à justiça dentro de um determinado prazo. O juiz Logue não avaliou em sua sentença se esse pedido era legalmente admissível e afirmou que o caso deveria ser julgado por um tribunal de menor instância. Outra juíza do tribunal, Mônica Gordo, por sua vez, disse que o “habeas corpus” deveria ser indeferido, em opinião dissidente publicada junto com a sentença. “O governo não pode ser acusado de reter ilegalmente o feto neste caso, nem a mãe pode ser acusada de sequestro interestadual se decidir visitar sua avó na Geórgia enquanto está grávida de oito meses”, escreveu. “O argumento nada mais é do que uma tentativa da mãe de usar seu filho não nascido como base para ser libertada de uma detenção legal”, acrescentou.

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