Trump admite que filho se reuniu com advogada russa, mas diz que foi legal
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu que seu filho se reuniu com uma advogada russa antes das eleições presidenciais para obter informação de seu rival eleitoral, Hillary Clinton, mas garantiu que foi “totalmente legal” e que se trata de algo habitual na política.
Trump qualificou de “notícias falsas” as informações de vários meios de comunicação americanos sobre que estava preocupado com os problemas legais que Donald Trump Jr. poderia ter por causa dessa reunião.
“Notícias falsas informam, em uma fabricação completa, que estou preocupado com a reunião do meu maravilhoso filho, Donald, na Torre Trump”, escreveu o presidente neste domingo no Twitter.
“Foi uma reunião para obter informação sobre um oponente, totalmente legal e que se faz sempre na política, e não chegou a lugar algum. Não o sabia!”, acrescentou Trump.
Há dez dias, Trump, negou as alegações de seu ex-advogado Michael Cohen de que sabia de antemão a reunião que Donald Trump Jr. teve com a advogada russa Natalia Veselnitskaya em junho de 2016.
Cohen, que durante anos foi um dos mais próximos colaboradores de Trump, é investigado pelo promotor especial Robert Mueller, que tenta elucidar se a equipe do presidente confabulou com o Kremlin para prejudicar a candidata democrata e conseguir a vitória nas urnas.
Além de divulgar uma série de gravações que podem pôr Trump em apuros, Cohen afirmou que o presidente conhecia a reunião entre Donald e Natalia, da qual também participaram o assessor e genro de Trump, Jared Kuschner, e o então seu chefe de campanha, Paul Manafort.
A reunião com a advogada russa na Torre Trump de Nova York é uma das peças-chave da investigação sobre a chamada trama russa, por isso que Donald teve que depor para os comitês do Congresso que averiguam os supostos laços entre o Kremlin e a campanha de Trump.
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