Após retirar militares da Síria, Trump anuncia sanções contra a Turquia

De acordo com o líder republicano, o governo “utilizará agressivamente as sanções econômicas para atacar aqueles que permitem, facilitam e financiam estes atos atrozes na Síria”

  • Por Jovem Pan
  • 14/10/2019 19h36
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EFE ataques, curdos, turquia, siria, Curdos anunciaram neste domingo (20) que se retiraram de cidade síria na fronteira com a Turquia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (14) que vai impor sanções contra a Turquia, interromper as negociações comerciais e aumentar as tarifas de aço ao país.

A ação, segundo ele, representa um esforço para pressionar Ancara a cessar os ataques aos curdos na Síria, o que só foi possível depois que o presidente americano retirou as tropas americanas que trabalhavam em conjunto com os curdos no nordeste sírio.

Trump disse ainda que os cerca de mil soldados dos EUA que ele ordenou deixar a Síria permanecerão no Oriente Médio para impedir o ressurgimento da ameaça do Estado Islâmico (EI).

O presidente declarou que a missão deles seria “monitorar a situação” e evitar a “repetição de 2014”, quando combatentes do EI se organizaram na Síria e invadiram o Iraque.

De acordo com o líder americano, as tarifas de aço devem sofrer um aumento de 50%, o mesmo patamar antes da redução desse encargo em maio deste ano. Ele também descartou selar um acordo comercial com o país devido à ofensiva militar na Síria.

“Fui perfeitamente claro com o presidente (turco, Recep Tayyip) Erdogan: a ação da Turquia está precipitando uma crise humanitária e está estabelecendo condições para possíveis crimes de guerra. A Turquia deve garantir a segurança dos civis, incluindo as minorias religiosas e étnicas”, declarou.

Trump ressaltou que o governo americano “utilizará agressivamente as sanções econômicas para atacar aqueles que permitem, facilitam e financiam estes atos atrozes na Síria”.

Neste domingo (13) o Observatório Sírio para os Direitos Humanos afirmou que ao menos nove pessoas, entre elas cinco civis, teriam morrido em um bombardeio aéreo da Turquia contra um comboio. O grupo era composto por opositores da ofensiva turca no norte da Síria e era acompanhado por jornalistas.

*Com informações do Estadão Conteúdo e EFE

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