Trump diz que palestinos e israelenses “não procuram fazer a paz”

  • Por Agência EFE
  • 11/02/2018 17h18
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EFE O presidente americano avaliou que as relações entre os EUA e Israel "são estupendas"

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acredita que os palestinos não estão comprometidos com a paz e duvida que os israelenses estejam, segundo uma entrevista exclusiva publicada neste domingo pelo jornal “Israel Hayom” (Israel Hoje).

“Neste momento, diria que os palestinos não procuram fazer a paz”, afirma Trump, que considera que também não tem certeza se “Israel está procurando fazer a paz”.

O presidente americano advertiu que “Israel deve ter cuidado com os assentamentos” e que “ambas as partes deverão fazer duras concessões para chegar a um acordo de paz”.

Trump também defendeu sua polêmica declaração reconhecendo Jerusalém como a capital de Israel, e afirmou que “não se arrepende” desta decisão, que foi condenada por boa parte da comunidade internacional.

O chefe da Casa Branca não revelou quase nenhum detalhe sobre o plano de paz que pretende apresentar e também não afirmou quando o fará, mas adiantou que tratará a questão das colônias israelenses situadas no território palestino da Cisjordânia, ocupado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967.

“Falaremos dos assentamentos. Os assentamentos são algo que complica muito e sempre dificultou a construção da paz”, afirmou.

Trump também afirmou que o Egito seguramente terá um papel importante no seu plano “no momento adequado”, mas por enquanto o seu principal interesse são “os palestinos e Israel”.

Além disso, o presidente americano avaliou que as relações entre os EUA e Israel “são estupendas”, e que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, “é uma pessoa excelente, um líder excelente”, mas acredita que as relações entre ambos os países “serão muito melhores se conseguirem chegar a um acordo de paz”.

Trump considera que seu antecessor, Barack Obama, “foi absolutamente terrível para Israel” porque chegou a um acordo nuclear com o Irã, um pacto apoiado pelas principais potências internacionais, mas que o presidente americano considera “catastrófico” e que só traz “coisas ruins a Israel”.

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