Trump diz que vai revogar reajuste de planos de saúde após redução de impostos

  • Por Estadão Conteúdo
  • 29/10/2017 13h00 - Atualizado em 29/10/2017 13h00
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EFE EFE /MICHAEL REYNOLDS Trump vem pressionando pela aprovação de uma reforma tributária nos Estados Unidos

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, postou em seu perfil no Twitter neste domingo que o valor da apólice dos planos de saúde vinculados ao ObamaCare devem subir, mas que o governo vai revogar a medida e rever os valores após conseguir aprovar cortes nos impostos. “Os prêmios do ObamaCare serão reajustados (os democratas precisam admitir isso), mas nós vamos revogar e rever isso, garantindo um ótimo atendimento de saúde logo após os cortes de impostos”, afirmou Trump pela rede social.

A administração Trump vem pressionando pela aprovação de uma reforma tributária no país, uma das bandeiras de sua campanha à presidência. Na última quarta-feira (25), o juiz federal Vince Chhabria, da Califórnia, disse que não forçará a administração Trump a continuar pagando seguradoras pelo fornecimento de descontos na cobertura de saúde para consumidores de baixa renda do país.

Pouco depois, Trump escreveu no Twitter não ter visto tanta raiva e unidade de republicanos diante da falta de investigação sobre o fato de Hillary Clinton ter elaborado um “falso” dossiê. “Nunca vi tamanha raiva e unidade de republicanos depois de eu ter alertado sobre a falta de investigação pelo fato de Clinton ter feito o dossiê falso (US$ 12 milhões?)”, escreveu o presidente.

O comentário foi uma referência a reportagens na imprensa americana informando que a campanha presidencial de Hillary Clinton e o Comitê Democrata Nacional (DNC, na sigla em inglês) teriam pago por uma pesquisa incluída em dossiê com informações sobre conexões de Donald Trump e pessoas a ele ligadas com a Rússia.

Segundo uma das reportagens, fonte do escritório de advocacia Perkins Coie informou na terça-feira, em documento registrado na corte dos EUA, ter contratado em 2016 a empresa de pesquisas Fusion GPS, de Washington, para reunir informações prejudiciais a Trump, incluindo conexões com a Rússia. A contratação teria sido feita a cargo da campanha de Clinton e do DNC. A reportagem diz ainda que a Perkins Coie recebeu US$ 12,4 milhões para representar a campanha de Hillary Clinton e o DNC durante 2016.

As postagens no Twitter ocorreram quase simultaneamente à divulgação de uma nova pesquisa do The Wall Street Journal e da NBC News, apontando que a aprovação do presidente caiu de 43% em setembro para 38%, menor nível desde o início do mandato.

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