Apesar do anúncio de Trump, OMS espera que ‘colaboração continue’
O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou nesta segunda-feira (1º) sua esperança de que a colaboração dos Estados Unidos se mantenha, apesar do anúncio do presidente Donald Trump de que Washington rompeu definitivamente sua relação com a agência.
A contribuição dos EUA para a OMS “fez uma enorme diferença para a saúde pública em todo o mundo, e queremos que essa colaboração continue”, disse Tedros em uma breve mensagem durante entrevista coletiva, onde se recusou a responder perguntas sobre o rompimento dos laços entre Washington e a agência.
O etíope acrescentou que “a generosidade do governo dos EUA e de seus cidadãos com a saúde global por décadas foi imensa e tem beneficiado o mundo”.
Em 18 de maio, Trump deu à OMS 30 dias para empreender reformas sob a ameaça de cortar permanentemente a contribuição americana para a instituição e, na última sexta, anunciou a ruptura total das relações de seu governo com a organização, apesar de nem sequer ter passado metade do prazo.
Rússia, União Europeia e China, entre outros, lamentaram a decisão dos EUA, o que para a OMS pode significar a perda de 15% de seus fundos orçamentários, embora o órgão esteja buscando alternativas e, desde a semana passada, tenha lançado uma fundação para aceitar doações individuais.
O presidente dos Estados Unidos, que com 1,8 milhão de pessoas infectadas é o país mais afetado pela pandemia, acusa a OMS de ter gerido mal a emergência sanitária mundial, especialmente nos estágios iniciais da crise, acreditando excessivamente nas informações fornecidas pelas autoridades chinesas.
*Com informações da EFE
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